O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (12) um pacote de medidas de socorro destinado às vítimas das intensas chuvas e dos danos causados pelo ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul recentemente. As medidas visam mitigar os impactos dessas catástrofes e oferecer suporte às comunidades afetadas.
Dentre as ações anunciadas, destaca-se a liberação de R$ 600 milhões do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para auxiliar 354 mil trabalhadores na região. Segundo o chefe do Executivo federal, essa injeção de recursos tem como objetivo proporcionar alívio financeiro às vítimas e auxiliar na reconstrução de suas vidas após as fortes chuvas que causaram dezenas de mortes e deixaram milhares de desabrigados.
Além disso, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) se comprometeu a destinar R$ 1 bilhão para apoiar a recuperação da economia da região atingida. Esse investimento será direcionado por meio de uma linha de crédito, incluindo juros zero e correção apenas pela inflação, direcionada às pessoas jurídicas.
Essa iniciativa busca fomentar a reabilitação econômica de empresas e empreendedores impactados pelos desastres naturais. O crédito acessível poderá ser um elemento fundamental na retomada das atividades comerciais e industriais nas áreas afetadas.
“Eu e o companheiro Alckmin acabamos de fazer uma reunião com a comissão que foi criada para tratar dos problemas do Rio Grande do Sul. Além dos R$ 740 milhões anunciados por ele no último domingo, nós tomamos uma decisão agora de fazer uma concessão de empréstimo do BNDES de R$ 1 bilhão para ajudar a recuperar a economia de todas as cidades. E ao mesmo tempo, a liberação de R$ 600 milhões do fundo de garantia para atender 354 mil trabalhadores que têm fundo de garantia”, comunicou Lula nas redes sociais.
Após o anúncio, o presidente Lula ressaltou a importância de tomar medidas ágeis para enfrentar os desafios causados pelas chuvas e pelo ciclone extratropical. O governo federal se comprometeu a trabalhar em estreita colaboração com o governo estadual e municipal do Rio Grande do Sul para coordenar os esforços de recuperação e reconstrução.
Apesar de ser cogitada a possibilidade de uma visita presidencial ao estado, ficou definido que, pelo menos neste momento, Lula não irá ao Rio Grande do Sul. No entanto, essa decisão poderá ser reavaliada dependendo das circunstâncias e das necessidades emergenciais que surgirem ao longo do processo de socorro e reconstrução.
"O que eu posso garantir ao povo do Rio Grande do Sul, ao povo da região que foi prejudicada pela chuva, é que o governo federal não faltará no atendimento às necessidades do povo da região”, concluiu.