O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira (12) a decisão de arquivar processos envolvendo três parlamentares de diferentes espectros políticos: Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Erika Kokay (PT-DF), e Talíria Petrone (PSOL-RJ).
Essa decisão foi resultado de um acordo firmado entre os deputados, motivado pela polarização política e pela avalanche de processos protocolados no início desta legislatura.
"Eu penso que o nosso Legislativo necessita baixar um pouco a temperatura no sentido da forma com o que ocorre o tratamento entre os pares. Isso não acontece só neste Legislativo, acontece numa forma geral na nossa política", afirmou o deputado Bruno Ganem (Podemos-SP), que foi relator de uma das ações analisadas pelo conselho.
O processo contra Eduardo foi apresentado pelo PT e estava relacionado a uma discussão ocorrida com o deputado Marcon, com direito a ameaça de agressão por parte do parlamentar de direita. O embate se deu em torno do episódio da facada sofrida por Jair Bolsonaro (PL-RJ) durante as eleições presidenciais de 2018.
Por sua vez, o PL protocolou representações contra diversas deputadas, incluindo Erika Kokay e Talíria Petrone. Essas ações foram motivadas por acusações proferidas pelas parlamentares durante a votação do projeto do marco temporal, no qual chamaram alguns colegas de "assassinos".
O arquivamento desses processos reflete uma tentativa de desacelerar o ritmo das tensões políticas na Câmara dos Deputados, que têm se intensificado nos últimos anos.
Além dos casos mencionados, outros processos também foram arquivados nas últimas semanas, envolvendo figuras como Carla Zambelli, Nikolas Ferreira e novamente Talíria Petrone.