A Procuradoria-Geral da República apresentou acusações contra 31 indivíduos relacionadas a atos golpistas e terroristas que ocorreram no dia 8 de janeiro deste ano. As acusações se fundamentam em análises de vestígios de material genético encontrados nas sedes dos três Poderes.
Os fragmentos de DNA obtidos foram comparados com amostras coletadas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) que foram detidos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército no dia subsequente aos eventos. Os objetos analisados incluíram roupas, máscaras, bandeiras, garrafas, latas de refrigerante, entre outros itens.
Os suspeitos, que já enfrentavam acusações por associação criminosa e incitação às Forças Armadas contra os Poderes, agora enfrentam acusações adicionais que incluem associação criminosa armada, subversão violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe, danos qualificados, ameaça grave ao patrimônio da União e vandalismo contra patrimônio histórico.
Os julgamentos começam nesta quarta (13). Em caso de condenação por esses delitos, os réus podem cumprir penas que, somadas, podem totalizar até 30 anos de prisão.
As análises de DNA foram conduzidas pelo Serviço de Perícias em Genética Forense da Polícia Federal, que processou quase 1.400 amostras biológicas coletadas dos detidos e elaborou 1.385 perfis genéticos para confronto com os vestígios coletados durante as investigações dos eventos ocorridos em janeiro.