O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, rejeitou nesta segunda-feira (11) o pedido de revogação da prisão preventiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. A decisão de Moraes foi baseada em argumentos que apontam que diligências relacionadas ao caso ainda estão em curso, e a libertação do ex-chefe da PRF poderia representar riscos para a coleta de provas e para testemunhas da investigação, entre outras justificativas.
De acordo com informações da TV Globo, a defesa de Silvinei Vasques discorda das razões apresentadas para sua prisão preventiva e planeja recorrer da decisão, buscando a liberdade do ex-diretor para que ele possa responder às acusações fora da prisão.
O ex-diretor da PRF é alvo de investigações por suspeita de envolvimento em crimes eleitorais, prevaricação e abuso de autoridade. Sua prisão ocorreu no mês de agosto durante uma operação conduzida pela Polícia Federal, que tinha relação com abordagens realizadas durante o segundo turno das eleições de 2022.
Durante o período eleitoral, a Polícia Rodoviária Federal executou um total de 2.185 abordagens em ônibus na região Nordeste, onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era favorito, em contrapartida a 571 abordagens realizadas na região Sudeste. Essa discrepância nas abordagens desrespeitou uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
Além disso, em 29 de outubro, durante as abordagens, Silvinei Vasques fez uma postagem em suas redes sociais pedindo votos para Jair Bolsonaro (PL-RJ), o que levou à sua acusação de improbidade administrativa, mesmo após ter excluído a publicação.