A declaração do prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) afirmando que não tem proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro , foi criticada por apoiadores bolsonaristas na última semana. Durante o desfile de 7 de Setembro em São Paulo , o prefeito e candidato à reeleição afirmou que segue buscando apoio.
"Espero que, no tempo dele, ele possa anunciar o apoio dele a mim para que a gente tenha a união do centro com a direita para vencer a extrema esquerda", declarou Nunes.
A extrema esquerda a quem o prefeito se refere é representada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) que é apoiado pelo presidente Lula (PT).
Na última terça-feira (5), Nunes declarou que não é próximo de Bolsonaro, mas mantinha conversas com o ex-presidente enquanto ele ainda estava no cargo.
“Eu? Do lado de Bolsonaro? Conversei com Bolsonaro quando ele era presidente, assim como converso agora com o presidente Lula. Não vou fechar a porta”, declarou durante palestra na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Ainda no Sambódromo, Nunes afirmou que se encontra com Bolsonaro, mas não são próximos.
“Chamei ele para almoçar outro dia na prefeitura. A gente tem conversado algumas vezes. Evidentemente não tenho nenhuma intimidade, proximidade como, por exemplo, eu tenho com Tarcísio [Governador de São Paulo], que eu estou no dia a dia.
Um dos críticos à declaração de Nunes no início da semana foi Fábrio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro que era cotado para formar uma chapa para a disputa das eleições de 2024.
A principal reclamação dos aliados de Bolsonaro é contra quem deseja o apoio do político, mas não se compromete com o ex-presidente. Um dos motivos para essa falta de compromisso pode ser explicado pela recente pesquisa Datafolha , que mostrou que 68% dos eleitores de São Paulo não votariam em quem fosse apoiado por Bolsonaro .