O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o deputado estadual Capitão Conte Lopes (PL)
Reprodução/Redes sociais - 05.03.2022
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o deputado estadual Capitão Conte Lopes (PL)

O deputado estadual Conte Lopes (PL) criticou, nessa quinta-feira (31), o traquejo político do governador de São Paulo,  Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em sessão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o deputado disse que o governador "está na política há oito meses", dando como contraponto positivo a capacidade política do presidente  Lula (PT), que "cria ministérios à vontade".

"[Tarcísio] é um homem muito competente, muito inteligente, mas na verdade ele está na política há oito meses", disse. "É diferente do presidente Lula", afirmou, defendendo que o petista "sabe trabalhar nesse sentido". O deputado Conte Lopes é policial militar aposentado e pertencente à "bancada da bala" na Alesp.

"O outro não, está há oito meses na política, o Tarcísio de Freitas. Colocou um secretariado de técnicos, ele mesmo disse. E evidentemente está conduzindo o governo do Estado de São Paulo. Não está satisfazendo a muitas pessoas? Talvez não. Deixa de atender à classe política e esse é um defeito de todo aquele que não é político", complementou.

O deputado Lopes ainda sugeriu que o  Partido Liberal, atualmente com 19 deputados na Casa, deveria ser melhor tratado e ter mais poder político. "O cara tem que abrir um pouco para o lado da política. Talvez isso esteja faltando um pouco ao Tarcísio. A gente viu na imprensa que não conseguiu aprovar projeto aqui na Casa, não é? A insatisfação, porque não ouve, infelizmente, tem que ouvir mais a classe política".


As críticas ao governador surgem em meio às derrocadas do governo na Alesp, onde Tarcísio de Freitas não vem conseguindo aprovar projetos, enquanto outros deputados do PL – que integra a base do governo de São Paulo – vem aprovando projetos de sua autoria. 

Nessa terça-feira (28), o governo tentou conseguir um quórum para votar o projeto que aumentaria o valor das taxas processuais do  Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) de 1% para 1,5%.

O projeto necessitava de, pelo menos, 48 votos dos 94 deputados – no entanto, houve apenas 41 votos a favor e três contra. A desmobilização partiu de diversos deputados que integram a base de Tarcísio.

O governo também teve insucesso na aprovação de um projeto de sua autoria que ratifica acordo firmado com São Paulo e outros estados para a criação do Consórcio de Integração dos Estados do Sul e Sudeste do Brasil (Cosud).

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