O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca compor o governo com pessoas que defendem a democracia, independente da ideologia política. Na ocasião, o líder da pasta afirmou que eles querem na gestão do petista "todos aqueles que rechaçaram" os atos antidemocráticos, registrados em 8 de janeiro, em Brasília.
"Nós queremos que todos aqueles que rechaçaram o dia 8 de janeiro possam estar no governo, inclusive parlamentares que são filiados a partidos políticos de oposição", disse ele em entrevista à CNN Brasil na noite dessa quinta-feira (10).
"Queremos uma frente política que estabeleça uma linha demarcatória muito clara", acrescentou.
Lula arquiteta uma reforma para alocar partidos do Centrão na Esplanada e conquista uma base mais sólida no Congresso para garantir a aprovação de medidas consideradas importantes ao governo.
"Tem espaços dentro do governo que o próprio presidente faz questão de fazer a indicação. Isso acontece com todos os ministros e ministras, porque a responsabilidade do governo é comum, conjunta, não é um governo de caixinhas, de feudos. É uma equipe conjunta", afirmou Padilha.
No último dia 4, o ministro confirmou que os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) serão nomeados líderes de ministérios. Ele não informou, no entanto, quais pastas os parlamentares devem assumir.
"Já tem uma decisão do presidente Lula de trazer esses dois parlamentares, que representam duas bancadas importantes do Congresso. Mas, mais do que elas, podem atrair outros parlamentares, trazê-los para o governo, convidá-los para ocupar postos de ministérios", disse o ministro.