O suspeito de envolvimento nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes , Maxwell Simões Correa, preso no último dia 24 pela Polícia Federal , não fará delação premiada, segundo a defesa.
"O Maxwell nunca cogitou fazer delação premiada, devido ao fato de não ter envolvimento com o crime nem saber de nada que possa ajudar nas investigações. A prisão pegou ele e sua família de surpresa", disse Fabiola Garcia, advogada de Maxwell, segundo informou o UOL.
Correa foi preso pela Operação Élpis deflagrada pela PF no dia 24 de julho, após a delação premiada de Élcio Queiroz , réu por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco.
Segundo a PF, Maxwell atuava na "vigilância" e no "acompanhamento" da vereadora. O ex-militar, também conhecido como Suel , emprestou o carro usado pelos assassinos para esconder as armas usadas no crime.
"Élcio Queiroz confirmou em delação premiada a participação dele próprio, do Ronnie Lessa e do Maxwell. Temos o fechamento desta fase, com a confirmação de tudo que aconteceu no crime. Há elementos para um novo patamar da investigação, que é descobrir os mandantes", disse o ministro da Justiça, Flávio Dino, na semana passada.
Maxwell segue na Penitenciária Federal de Brasília, onde cumpre prisão preventiva. Ele já foi preso em 2020, quando seu carro estava entre os alvos de uma operação de busca e apreensão para elucidar a execução da vereadora e seu motorista.
O ex-sargento foi a pessoa que salvou a vida de Ronnie Lessa — delatado como o responsável por atirar na vereadora e no motorista — durante uma troca de tiros no Quebra-Mar da Barra da Tijuca, logo após os assassinatos de Marielle e Anderson, quando o ex-PM sofreu um assalto e precisou de ajuda.
Suel também é dono de um apartamento luxuoso de frente para a praia na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, avaliado em R$ 2 milhões, num condomínio formado por três prédios, com piscina, bar, restaurante e academia.