General Fernando José Soares disse que  Lula prometeu mais verba para o Exército
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General Fernando José Soares disse que Lula prometeu mais verba para o Exército

No próximo ano, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve contemplar o  Exército com R$ 1,5 bilhão, que será revertido para expandir o sistema de monitoramento das fronteiras (Sisfron), investir na produção do míssil de cruzeiro Astros, nas Forças Blindadas e desenvolver drones e novos helicópteros com a empresa Avibras.

A quantia está prevista no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2024.

“Somos uma instituição apartidária e apolítica e isso já está mais do que claro”, afirmou o general Fernando José Sant’Ana Soares, chefe do Estado-Maior do Exército, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo . "Vamos continuar assim."

O valor previsto neste orçamento do ano que vem representa R$ 300 milhões a mais do que o de 2023. "Os recursos garantem que possamos adquirir mais material de emprego militar, são extremamente importantes e, assim, vamos melhorando nossa capacidade de Defesa", disse o general.

Entre outros projetos, os recursos também serão usados para o veículo militar blindado de combate, chamado Guarani, e outras viaturas similares.

"Nosso país tem uma característica que é o de ser muito grande, nós não temos condições de ter tropas em todo o País, então precisamos de mobilidade. Teremos recursos para o Sisfron, o sistema de monitoramento das fronteiras que, também, poderá ganhar em velocidade com a expansão", acrescentou Soares.

O general ainda mencionou o Astros, míssil de cruzeiro que está sendo desenvolvido com a Avibras.

"É um míssil para atingir um alvo a 300 quilômetros com uma precisão de nove metros. É uma arma de dissuasão, muito importante para nós. Aviação, no caso do Exército, tem a ver com helicópteros, com aumentar a nossa capacidade de transporte de tropas, especialmente na região amazônica. E também entre nesse pacote um novo equipamento que são os drones."

Ao ser questionado sobre a redução em despesas discricionárias da Força no novo orçamento, Soares afirmou que ainda é preciso "fazer um estudo mais detalhado para ver o que vamos cortar". 

"A gente espera que a medida ainda sofra alterações por que está relacionada à arrecadação. Mas são despesas importantes, combustível, energia, munição, tudo importante para o nosso dia-a-dia. Mas é um assunto que ainda está em negociação", acrescentou.

Na última quarta-feira (26),  algumas mudanças em cargos de liderança das Forças Armadas e a promoção de militares foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

Os indicados foram escolhidos na última reunião do Alto Comanda, mas ainda precisavam do aval do mandatário para que as mudanças fossem oficializadas. As alterações passam a valer a partir de 31 de julho, conforme o documento.

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