O governo da Itália afirmou nesta quarta-feira (12) que a Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan ) já decidiu pela adesão da Ucrânia , mas ainda precisa definir "quando".
Em meio à reunião de cúpula da aliança militar em Vilnius, Lituânia, líderes têm insistido que a entrada de Kiev só poderá ocorrer após o fim da guerra contra a Rússia, apesar das pressões do presidente Volodymyr Zelensky para acelerar o processo.
"Já existe a decisão de fazer a Ucrânia entrar na Otan, o ponto é quando. Certamente não durante a guerra devido aos riscos de escalada.
Todos pensamos em fazer a adesão após o fim da guerra", disse o ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, à margem da reunião em Vilnius.
O chanceler também destacou que a Otan está "ajudando Kiev a defender a própria independência" e que a paz "não pode prescindir do fato que os soldados russos deixem a Ucrânia".
Enquanto a adesão não ocorre, as potências do G7 acenam com oferecer garantias de segurança a Kiev, mas Zelensky disse que uma coisa não substitui a outra.
"Será um passo importante", afirmou o presidente ao lado do secretário-geral Jens Stoltenberg, "mas as promessas do G7 não podem substituir o ingresso da Ucrânia como Estado-membro da Otan".
"Das reuniões de hoje, entendo que as condições necessárias para a entrada na Otan serão alcançadas quando houver paz.
Entendemos que alguns tenham medo de falar de adesão agora porque ninguém quer uma guerra mundial, e isso é compreensível, mas precisamos de sinais", acrescentou Zelensky.
Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, a Otan já se ampliou para a Finlândia, país que faz fronteira com a Rússia, e caminha para aprovar a adesão da Suécia, dois países historicamente refratários a se juntar à aliança.