Ministro Flávio Dino
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Ministro Flávio Dino


Em entrevista ao programa “A Voz do Brasil” na noite desta terça-feira (11), o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), falou do aumento da colaboração das plataformas digitais no fornecimento de informações fundamentais para investigações de crimes cometidos na internet.

De acordo com o ministro, ocorreu avanço significativo nesse aspecto, e as principais plataformas têm se mostrado mais colaborativas. Ele mencionou ter editado uma portaria específica sobre o assunto, que tem surtido efeito positivo. Apesar de ter havido algumas dificuldades iniciais, o ministro demonstrou satisfação com a cooperação atual das plataformas.

“Avançamos muito nisso. As plataformas estão mais colaborativas. Eu editei uma portaria sobre o assunto […] que está funcionando. Todas as principais plataformas se adaptaram. No início, houve alguma dificuldade, mas graças a Deus todas estão colaborativas”, comentou.

Dino pontuou que as empresas de tecnologia têm fornecido informações importantes para investigações, e isso tem impulsionado as ações relacionadas à Operação Escola Segura em todo o país.

"Infelizmente, com grande pesar, afirmo que quase todos os dias ocorrem ações em virtude de adultos e jovens envolvidos em exploração e abuso sexual, bem como ataques em escolas. Em um caso recente no Paraná, realizamos uma prisão em São Paulo do instigador de um duplo homicídio", revelou.

O ministro também citou a plataforma Discord como uma das colaboradoras nesse esforço. Ele contou que apreensões e prisões têm sido efetuadas com base em informações fornecidas por essas empresas, reforçando a ideia de que as corporações são corresponsáveis pelo que ocorre em suas redes. Na visão de Dino, isso é uma ação de proteção para toda sociedade brasileira.

Dino diz que crimes não são problemas individuais

Na entrevista, Dino ainda relatou que as prisões feitas nos últimos meses comprovam que os ataques em escolas e outros crimes cibernéticos não são apenas problemas individuais.

"Lamentavelmente, há uma rede que estimula, incentiva e apoia esses crimes por meio da internet. Temos um laboratório de crimes cibernéticos em pleno funcionamento em Brasília, e é necessário um debate adequado para regulamentar as redes de forma justa, visando à prevenção", explicou.


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