O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse, nesta terça-feira (11), que seria “absurdo” a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não oferecer a candidatura ao seu país para ingressar na organização militar. Os líderes dos países membros da Otan se reúnem nesta terça, em Vilnius, na Lituânia, para a realização de uma das principais cúpulas do bloco desde o pós Segunda Guerra, na qual também devem avaliar a entrada da Suécia no bloco.
Zelensky têm insistido, desde o início da Guerra – quando a Rússia invadiu o território ucraniano –, para que a Otan faça uma ação concreta e integre a Ucrânia ao bloco, e não faça somente promessas. “Parece que não há disposição nem para convidar a Ucrânia para a Otan nem para torná-la membro da Aliança”, escreveu o mandatário ucraniano no Twitter. “Não agora, enquanto a guerra durar, mas precisamos de um sinal claro; e esse sinal claro é necessário agora”, acrescenta.
A Otan prevê uma forma de entrada com caráter urgente, caso todos os 31 membros concordem. Neste caso – como ocorreu com a Finlândia em abril de 2023 –, o ingresso de um país pode ocorrer em poucos meses.
Os Estados Unidos, porém, que há poucos dias enviaram munições de fragmentação à Ucrânia, lideram o grupo contrário à entrada do país na Aliança neste momento. Pelas regras existentes, caso a Otan abra as portas a um país em guerra, entraria no conflito. Contudo, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que Kiev deve receber mais ajuda e garantias de segurança.