Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista coletiva em Roma, na Itália
Reprodução / TV Brasil - 22.06.2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista coletiva em Roma, na Itália

Na manhã desta quinta-feira (22), o  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a quantia de dinheiro gasta com a guerra na Ucrânia enquanto há milhões de pessoas passando fome no mundo. Durante entrevista coletiva em Roma, na Itália, o mandatário disse que a meta é tentar encontrar um "denominador comum" para convencer a Rússia e a Ucrânia de que "o melhor negócio para essa guerra é acabar a guerra".

"Eu estou de acordo com o Papa Francisco, é preciso ter gente envolvida em discutir a questão da paz. É preciso colocar os atores em uma mesa de negociação, é preciso parar de atirar e é preciso tentar encontrar uma solução pacífica, porque o mundo tem 800 milhões de seres humanos que vão dormir toda noite sem ter o que comer e não é justo se gastar bilhões de dólares com guerra desnecessária, quando a gente poderia tentar estar vivendo em um momento de paz, porque o mundo está precisando disso", afirmou Lula.

Na ocasião, ele também disse ter enviado o  assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, para uma reunião na capital da Dinamarca no final de semana, na tentativa de avançar uma discussão sobre a paz entre russos e ucranianos.

"Eu já mandei o companheiro Celso, que é meu assessor especial, à Rússia para conversar com Putin, já mandei ele conversar com o Zelensky. Sábado ele vai a uma reunião em Copenhague com vários países, para ver se a gente consegue tentar encontrar pelo menos um denominador comum que pode convencer tanto Putin quanto Zelensky de que o melhor negócio para essa guerra é acabar a guerra, e tentar saber em que condições a gente vai voltar à normalidade, que só os dois podem dizer", continuou.

O mandatário ainda disse que "um acordo de paz não é um rendição". "Na minha cabeça, a primeira coisa a fazer é convencê-los a parar a guerra, depois sentar para conversar até encontrar um denominador comum", acrescentou, reafirmando a posição do país em relação ao conflito.

"Todos sabem que o Brasil condenou a ocupação territorial da Ucrânia feira pela Rússia."

Após agenda na Itália, Lula embarca rumo a Paris, na França, ainda na manhã desta quinta-feira (22). No país, ele vai participar da "Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global" e se encontrar com o presidente Emmanuel Macron e outros líderes estrangeiros, entre outros compromissos.

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