Nesta terça-feira (20), o deputado Rogério Correa (PT-MG) apresentou uma questão de ordem ao presidente da CPMI do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), para que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) seja substituído na Comissão.
Maia, porém, negou o pedido, mas os parlamentares da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda solicitaram que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manifeste-se sobre o caso.
"Faço um parêntese para dizer o que me parece óbvio: É difícil que o STF remeta para cá assuntos sigilosos que digam a respeito do que está sendo investigado o senador Marcos do Val. O senador precisa ser substituído da Comissão. Investigado NÃO investiga", escreveu Correa nas redes sociais.
Em fevereiro, do Val disse que havia sido "extorquido" pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que participasse de uma trama golpista. Segundo ele, um grampo seria colocado em Moraes para motivar um pedido ilegal de prisão ao ministro.
Mais tarde, o senador afirmou que o plano golpista foi projetado pelo ex-deputado Daniel Silveira e que o ex-presidente Jair Bolsonaro não impediu o aliado.
Em dezembro de 2022, do Val disse que participou de uma reunião com Bolsonaro e Silveira, onde recebeu um pedido para gravar uma conversa com o ministro Alexandre de Moraes. Durante o encontro, o parlamentar conduziria o magistrado a "falar que em alguns de seus processos ele ultrapassou a linha da Constituição", com o objetivo de prender Moraes e impedir a posse de Lula.
Apesar dos argumentos apresentados pelos investigadores, Moraes não permitiu a prisão do senador. Porém, o ministro determinou a busca e apreensão nos locais ligados a Marcos do Val em Brasília e no Espírito Santo. Também ordenou que o parlamentar prestasse depoimento à PF.
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