Marcos do Val é alvo da PF
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Marcos do Val é alvo da PF


O senador Marcos do Val (Podemos-ES) usou a tribuna do Senado nesta segunda-feira (19) para falar sobre a operação de busca e apreensão da Polícia Federal em endereços ligados a ele feita na última quinta (15). Foi a primeira vez que ele se posicionou sobre o tema.

Durante seu discurso, o parlamentar revelou que sua esposa pediu o divórcio e saiu de casa depois da operação da PF. Porém, segundo o senador, ele conseguiu convencê-la a desistir da ideia.

“Ela pediu o divórcio na quinta-feira, e eu falei: ‘Bru, você não vai me deixar neste momento, porque você vai estar dando a vitória para essas pessoas que têm o mal como prioridade, que têm prazer em ver o sofrimento alheio’. Eu falei para ela: ‘Eu não seguirei mais sozinho’”, contou.

Marcos do Val classificou seus comportamentos recentes como uma “missão” para cumprir. Porém, relatou que se sente “sozinho e solitário” e só continuará “se os meus pares estiverem ombreados comigo para seguir em frente”.

Marcos do Val fala de agentes da PF

Sem apresentar nenhuma prova, Marcos do Val declarou que policiais federais que fizeram o trabalho da operação em Vitória estavam “constrangidos”. Ele chegou a dizer que alguns choraram porque precisavam cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

“A Polícia Federal estava extremamente constrangida, sabendo que era uma operação política, e não policial, deixando claro o meu histórico, que todos me conhecem... teve até policial que ficou emocionado e chegou a chorar no dia, pedindo desculpas e perdão por esta ali tendo que executar uma ordem que ele também sabia que não era dentro da Constituição”, relatou.

Na quinta, agentes da PF apreenderam documentos, computadores, celulares e aparelhos eletroeletrônicos para realizar perícias. Tudo isso faz parte da apuração dos atos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

Do Val terá que prestar um novo depoimento à PF. No começo do ano, o senador afirmou ter sido coagido por Daniel Silveira e Bolsonaro para dar um golpe de Estado. Porém, ele tentou voltar atrás e viu sua situação se complicar, passando a ser investigado pela justiça.


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