Arthur Lira e Luciano Cavalcante
Reprodução: Redes Sociais
Arthur Lira e Luciano Cavalcante

Em relatório, a  Controladoria-Geral da União (CGU) indicou que os  kits de robótica alvo de operação da Polícia Federal, geraram um prejuízo de ao menos R$ 4,2 milhões aos cofres públicos em contratos. O custeio dos equipamentos para os alunos da prefeitura de Canapi (AL) em 2021, foi feito com  emenda parlamentar do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

A CGU analisou dois contratos com recursos de emendas para a compra dos kits. Segundo o documento, R$ 7,4 milhões foram repassados para a empresa Megalic pela cidade de Canapi, sendo R$ 5,7 milhões em 2022.

Dados enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostram que  Lira indicou R$ 32,9 milhões do orçamento secreto para a compra dos 330 kits de robótica.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo , Lira indicou para nove dos 43 municípios de Alagoas que receberam os equipamentos de robótica. Conforme o documento, uma única empresa forneceu os kits a instituições de ensino que não tinham infraestrutura básica, como água encanada ou computadores.

O relatório da CGU é usado na Operação Hefesto, da Polícia Federal, que investiga desvios nos contratos firmados pela Megalic, que tem como sócio aliado de Lira.

Operação da PF

A PF investiga fraudes e lavagem de dinheiro na venda de kits robótica para escolas em Alagoas.  Uma operação foi deflagrada no dia 1º de junho para cumprir  mandados de prisão e apreensão de aliados de Lira.

A operação realizada em quatro estados e no Distrito Federal, mirava um grupo suspeito de desviar R$ 8 milhões em uma fraude praticada entre 2019 e 2022. Segundo a Polícia Federal, os equipamentos foram comprados para 43 municípios no estado do Alagoas com verbas do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A PF iniciou a apuração da possível fraude após uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo informar que a  empresa Megalic, de Maceió, chegou a cobrar cerca de R$ 14 mil por kit as prefeituras do estado do Alagoas. No entanto, a companhia teria adquirido os kits por um valor muito menor (R$ 2.700) de um fornecedor no interior do estado de São Paulo.

Durante a operação, inclusive,  Luciano Cavalcante, ex-assessor de Lira teve sigilo de celular quebrado pela PF.  As investigações apontam que ele participava de um grupo de WhatsApp chamado "Robótica Gerenciamento" com a sócia da empresa Megalic, também investigada pela corporação.

O grupo era integrado por Cavalcante, Roberta Lins Costa Melo, sócia da Megalic, e mais quatro pessoas, segundo a Polícia Federal.

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