Luciano Cavalcante, ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) , teve sigilo de celular quebrado pela Polícia Federal. As investigações apontam que ele participava de um grupo de WhatsApp chamado "Robótica Gerenciamento" com a sócia da empresa Megalic , também investigada pela corporação.
O grupo era integrado por Cavalcante, Roberta Lins Costa Melo, sócia da Megalic, e mais quatro pessoas, segundo a Polícia Federal.
A PF investiga fraudes e lavagem de dinheiro na venda de kits robótica para escolas em Alagoas . Uma operação foi deflagrada no dia 1º de junho para cumprir mandados de prisão e apreensão de aliados de Lira .
A operação realizada em quatro estados e no Distrito Federal, mirava um grupo suspeito de desviar R$ 8 milhões em uma fraude praticada entre 2019 e 2022. Segundo a Polícia Federal, os equipamentos foram comprados para 43 municípios no estado do Alagoas com verbas do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
A PF iniciou a apuração da possível fraude após uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo informar que a empresa Megalic, de Maceió, chegou a cobrar cerca de R$ 14 mil por kit as prefeituras do estado do Alagoas. No entanto, a empresa teria adquirido os kits por um valor muito menor (R$ 2.700) de um fornecedor no interior do estado de São Paulo.
Luciano Cavalcante trabalhava no gabinete da liderança do Progressistas na Câmara dos Deputados e foi exonerado no dia 5 de junho, após tornar-se alvo da PF.
A polícia afirma ainda que houve "intensa troca de mensagens" recentemente entre Luciano Cavalcante e Pedro Magno, suspeito de realizar entregas de dinheiro vivo.
"No mesmo sentido, a análise dos dados telemáticos de WhatsApp identificou que Luciano Cavalcante e Pedro Magno trocaram a quantidade de 83 mensagens no curto período entre 09/05/2023 e 21/05/2023", diz a PF, acrescentando que ainda foram encontradas 51 ligações por áudio entre eles.
A corporação descobriu também que Magno e a esposa, Juliana Cristina Batista, são donos de várias empresas sem pleno funcionamento, mas que realizam transações financeiras entre elas e a Megalic.
"A hipótese aventada aqui é que o casal Pedro e Juliana sejam especializados na prática de crimes de lavagem de capitais, ocultando e dissimulando bens, direitos e valores provenientes de desvios de recursos públicos das mais variadas naturezas e oriundos de diversos entes públicos, possibilitando o retorno do capital aos autores dos delitos antecedentes, com alguma aparência de licitude", diz inquérito da PF.
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