Alexsander Moreira
Reprodução: Secom Gurupi
Alexsander Moreira

O ex-diretor do Ministério da Educação ( MEC ), Alexsander Moreira , exonerado na segunda-feira (5) após ser um dos alvos da Polícia Federal na Operação Hefesto , teve movimentação bancária incompatível com a renda. Entre 2021 e 2022, foi movimentado R$ 737.185, sendo que, na época, o salário era de R$ 10.400.

A PF investiga  fraudes e lavagem de dinheiro na venda de kits robótica para escolas em Alagoas. Segundo a corporação, há indícios de que Moreira tenha laços com outros suspeitos. 

Ele trabalhou na empresa que realizava o crime entre 2014 e 2016. Ao iniciar um trabalho no MEC, teve acesso ao cofre e passou a ter "importante atuação na área de robótica dentro do Ministério da Educação, notadamente na elaboração e sugestão de políticas voltadas ao tema", de acordo com a PF.

Ontem, o ministro da Casa Civil assinou uma portaria publicada no Diário Oficial da União que exonerava Alexsander Moreira do MEC. Ele era diretor de Apoio à Gestão Educacional da Secretaria de Educação Básica do MEC, onde avaliava o cumprimento de metas do PNE (Plano Nacional de Educação) e era responsável por recomendar o repasse de verbas.

Moreira ainda é apontado como um dos aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) . Além dele, o ex-assessor do parlamentar, Luciano Cavalcante foi exonerado do gabinete da liderança do Progressistas na Câmara dos Deputados também após a operação Hefesto.


Entenda o caso

A Operação Hefesto foi deflagrada na última quinta-feira (1º) pela Polícia Federal . Durante a ação, os agentes cumpriram mandados em endereços de pessoas ligadas a Arthur Lira.

A operação realizada em quatro estados e no Distrito Federal, mirava um grupo suspeito de desviar R$ 8 milhões em uma fraude praticada entre 2019 e 2022. Segundo a Polícia Federal, os equipamentos foram comprados para 43 municípios no estado do Alagoas com verbas do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A PF iniciou a apuração da possível fraude após uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo informar que a empresa Megalic, de Maceió, chegou a cobrar cerca de R$ 14 mil por kit as prefeituras do estado do Alagoas. No entanto, a empresa teria adquirido os kits por um valor muito menor (R$ 2.700) de um fornecedor no interior do estado de São Paulo.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!