Gabriela Hardt pediu remoção do cargo na 13ª Vara Federal de Curitiba
Divulgação/Fórum Nacional sobre Crimes Econômico-Financeiros
Gabriela Hardt pediu remoção do cargo na 13ª Vara Federal de Curitiba

O Tribunal Regional da Quarta Região (TRF-4) confirmou, nesta terça-feira (30), que a juíza Gabriela Hardt manteve o pedido de remoção do posto de titular na 13ª Vara Federal de Curitiba. Substituindo Eduardo Appio, ela estava à frente da Operação Lava Jato no estado. 

De acordo com o TRF-4, Hardt segue no cargo enquanto é realizada a análise do seu pedido de transferência de cargo. Uma decisão só será comunicada após a conclusão do julgamento feito pelo colegiado do órgão. As informações foram divulgadas pela CNN. 

O TRF-4 não divulgou para onde a juíza vai ao deixar a Lava Jato. Recentemente, ela pediu remoção para o estado de Santa Catarina e disse estar interessada em varas de Florianópolis e em Itajaí.

Hardt foi a responsável por condenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2019 no caso do sítio de Atibaia. A ação foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a Corte apontar parcialidade de Moro nas ações contra o atual presidente.

Mas o trabalho da juíza continuou em Curitiba. Recentemente ela determinou a prisão de nove pessoas do PCC que planejavam seqüestrar o ex-magistrado da Operação. Gabriela acatou o pedido da Polícia Federal e autorizou a Operação Sequaz, que foi feita em 22 de março.

Afastamento de Eduardo Appio

O juiz Eduardo Appio, de 53 anos, era o magistrado responsável pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, posição ocupada anteriormente pelo hoje senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).

O magistrado foi afastado após uma decisão cautelar do Tribunal Regional Federal da 4ª Região , que investiga a conduta de Appio como juiz. Ele também é  acusado de ter ameaçado o filho do desembargador federal Marcelo Malucelli.

O desembargador federal Marcelo Malucelli fez uma denúncia contra Eduardo Appio alegando que ele ameaçava João Eduardo Barreto Malucelli por telefone.

Leia mais:  Moro diz que Appio foi afastado porque 'insistiu no revanchismo'

De acordo com a denúncia, a ligação aconteceu de um número não identificado e a pessoa se apresentou como Fernando Gonçalves Pinheiro, um suposto servidor do setor de saúde da Justiça Federal. Só que não há nenhum funcionário com esse nome atuando no local.

O Conselho do TRF-4 argumentou que há indícios de que Eduardo Appio tenha sido o responsável por ligar para o filho de Marcelo. Por isso ficou decidido que o juiz fique afastado.

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