Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República


A base governista na Câmara e no Senado se dividiu em alguns núcleos de investigação para dar prosseguimento à  CPMI do 8 de janeiro, que foi instalada nesta quinta-feira (25) no Congresso Nacional.

As atividades devem ser divididas entre investigar os participantes das invasões na Praça dos Três Poderes, pessoas que financiaram o acampamento em frente ao QG do Exército e os ônibus para Brasília e os mentores intelecuais.

E um dos principais objetivos deste último grupo de parlamentares é convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para prestar depoimento. 


Contudo, a convocação do ex-chefe do Executivo não deve acontecer tão logo no âmbito da comissão mista. Há um entendimento na ala governista de que este chamado aconteça somente após o recolhimento de provas. 

A expectativa dos parlamentares apoiadores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de que as informações colhidas no decorrer da CPMI levem as investigações até Bolsonaro. Há a possibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) ser acionado para fornecer dados que possam ser usados contra o político do PL. 

Oposição deve focar em Gonçalves Dias

Por outro lado, os parlamentares que fazem oposição ao governo Lula no Congresso focam na convocação de Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para prestar esclarecimentos. 

Dias pediu demissão no GSI após as suspeitas de conivência com os golpistas nos ataques ao Palácio do Planalto. Sua exoneração se deu após divulgação de imagens dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, onde ele é visto caminhando no local. O ex-membro do GSI foi o primeiro ministro a cair no terceiro governo de Lula.

Leia mais:  Arthur Maia é eleito presidente da CPMI do 8 de janeiro

Deputados e senadores que formam a oposição do governo devem preparar um relatório que conte com informações que podem levar à convocação de Gonçalves para depor. 

O objetivo desta ala de parlamentares é provar não só a inocência de Jair Bolsonaro em relação às manifestações golpistas, como também demonstrar que o atual chefe do Executivo foi conivente com os manifestantes pró-golpe.

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