Ex-presidente Jair Bolsonaro
Reprodução: Isac Nóbrega/PR
Ex-presidente Jair Bolsonaro

O e-mail do  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece no  registro de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a Covid-19 em São Paulo . A prefeitura da capital paulista realizou um boletim de ocorrência mostrando que havia o endereço “[email protected]” na ficha do ex-mandatário.

O jornal Correio Braziliense teve acesso ao B.O e publicou que o CPF, o nome, o dia e o mês de nascimento condizem com as informações de Bolsonaro, no entanto, o ano de nascimento estaria incorreto. A Prefeitura de São Paulo informou na ocorrência que o que “chama atenção” é o uso de e-mail com a palavra “lula”.

Segundo o certificado de vacinação, Bolsonaro foi vacinado com a dose da Janssen na UBS do Parque Peruche, Zona Norte de São Paulo, no dia 19 de julho de 2021. Porém, a prefeitura afirma que o responsável pela imunização nunca trabalhou na unidade indicada, além do lote citado não ter registro na cidade. 

No dia 19 de julho de 2021, o ex-presidente não estava em São Paulo. Ele havia ficado internado na cidade, mas teve alta no dia 18, quando também retornou para Brasília.

Operação Venire

Na última quarta-feira (3), a Polícia Federal cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, no Rio de Janeiro e em Brasília. Todas as prisões já foram realizadas até as 7h.

Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão.  A PF chegou na residência onde o ex-presidente mora, em Brasília, por volta das 7h30 da manhã de ontem. Os agentes apreenderam ainda o celular do ex-mandatário.

Entre os alvos de prisão está o  tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro , o policial militar Max Guilherme, o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças próximos do ex-presidente, o sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, assessor de Bolsonaro, o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Barros e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

O objetivo da operação é investigar um grupo que teria fraudado vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.

"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", afirma a Polícia Federal.


Bolsonaro nega fraude

Segundo o ex-presidente, ele e a filha Laura, de 12 anos, não tiveram o cartão de vacinação alterados

"Não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final, nunca neguei isso", disse Bolsonaro.

"O que eu tenho a dizer a vocês? Eu não tomei a vacina. Uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer, decidi não tomar a vacina. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado, ela tomou a vacina nos Estados Unidos, da Janssen. E a outra, minha filha, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tem laudo médico no tocante isso", completou Bolsonaro.

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