Michelle Bolsonaro rebatendo post da Saúde
Reprodução: Redes Sociais
Michelle Bolsonaro rebatendo post da Saúde

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro  rebateu uma postagem do Ministério da Saúde na noite de ontem (4) pelo Instagram. A publicação incentiva a regularização de vacinas para quem irá viajar ao exterior. Na última quarta-feira (3), a  Polícia Federal realizou um mandado de busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro (PL) por suspeita de falsificação no cartão de vacina contra a Covid-19. 

Michelle ironizou o post da Saúde com um gif de uma preguiça e escreveu nos Stories: "Muito 'amor' envolvido. Quando uma pessoa incomoda muitaaaaaaaaa gente! Trabalhar que é bom???? NADA!".

Na publicação do Ministério da Saúde, a campanha era para a população regularizar a vacinação para conseguir adentar aos países que pedem, obrigatoriamente, a comprovação de vacina . Um exemplo é os Estados Unidos, local onde Jair Bolsonaro, a ex-primeira dama, a filha Laura e alguns assessores viajaram em 30 de dezembro de 2022.

Segundo relatório da Polícia Federal enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emitiu certificado de vacinação 15 dias antes de voltar ao Brasil , em 30 de março.

O documento mostra que um usuário ligado ao ex-mandatário emitiu quatro certificados pelo ConectSus. O último foi emitido em 14 de março.

“Tais condutas, contextualizadas com os elementos informativos apresentados, indicam que as inserções falsas podem ter sido realizadas com o objetivo de gerar vantagem indevida para o ex-Presidente da República, JAIR BOLSONARO relacionada a fatos e Página 82 de 114 situações que necessitem de comprovante de vacinação contra a Covid-19”, diz a corporação.

Operação Venire

A corporação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, no Rio de Janeiro e em Brasília. Todas as prisões já foram realizadas até as 7h.

Entre os alvos de prisão está o  tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro , o policial militar Max Guilherme, o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças próximos do ex-presidente, o sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, assessor de Bolsonaro, o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Barros e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

A PF chegou na residência onde o ex-presidente mora, em Brasília, por volta das 7h30 da manhã de quarta. Os agentes apreenderam ainda o celular do ex-mandatário .

O objetivo da operação é investigar um grupo que teria fraudado vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.

"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", afirma a Polícia Federal.

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