O novo chefe no comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) , o general da reserva Marcos Antonio Amaro dos Santos , afirmou que pretende reestruturar o órgão para evitar ataques como o de 8 de janeiro.
"Quero fazer uma reavaliação da estrutura do GSI para que episódios como o que vimos recentemente nunca mais tenham risco de acontecer", afirmou Amaro ao jornal O Globo.
Amaro e Ricardo Cappelli , que comandava o órgão de forma interina desde a saída de Gonçalves Dias, se encontraram na última quarta-feira (4) para discutir a organização do GSI.
O general pretende mostrar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um estudo sobre o novo funcionamento da segurança presidencial. Ainda, Amaro afirmou que "uma das principais tarefas será a recomposição de pessoal". Quando interino, Ricardo Cappelli exonerou 87 servidores do GSI.
Amaro substitui o general Gonçalves Dias , que renunciou ao cargo em 19 de abril após a divulgação de imagens de sua presença e de outros militares do GSI durante os ataques golpistas de 8 de janeiro , quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Quem é Marcos Antonio Amaro dos Santos?
General Amaro já foi comandante do GSI no final do governo de Dilma Rousseff, deixando o cargo logo após o impeachment da presidente, em maio de 2016. A instituição chamava na época de Casa Militar.
No governo de Jair Bolsonaro (PL), o general da reserva ficou responsável pelo comando militar do Sudeste e assumiu o posto de chefe do Estado-Maior do Exército. O cargo era ocupado por ele até maio de 2022. Amaro entrou para a reserva do Exército apenas em janeiro deste ano.
A escolha de general Amaro ainda era incerta no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Os integrantes do governo discutiam se a melhor escolha para o cargo seria um civil ou um militar, sendo cogitado até a extinção do GSI.
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