O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) discursou nesta quarta-feira (1°) na abertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal
em 2023. O governante relembrou a última vez que participou da cerimônia promovida pelo STF
e lamentou o ataque terrorista que ocorreu em Brasília
no dia 8 de janeiro deste ano.
“Quando tive a honra de participar da solenidade de abertura do ano judiciário de 2010, afirmei que nossa geração de governantes e de magistrados tinha uma nobre missão: deixar, para os que estão por vir, um ambiente democrático ainda mais sólido”, comentou o presidente.
Na sequência, ele lamentou o ataque contra a democracia. Lula falou que ficou estarrecido com as ações de vandalismo promovidas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra os prédios dos Três Poderes.
“Nem eu, nem as senhoras e os senhores, poderíamos imaginar a escalada de ataques às instituições e à democracia nos anos recentes, que culminou com o bárbaro atentado às sedes dos três Poderes”, declarou.
Lula relembrou que convidou os governadores para fazer uma reunião de emergência para que todas as autoridades defendessem a democracia. Ele destacou que todos ficaram indignados com os ataques feitos por bolsonaristas contra as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF.
“Assim como qualquer pessoa que preza a Constituição e a democracia, me senti profundamente indignado ao visitar esta Casa, ao lado de governadores de todo o Brasil, logo na noite seguinte aos ataques terroristas”, pontuou.
Abertura dos trabalhos do STF
Nesta quarta, o Supremo abriu os trabalhos de 2023 e terá que acompanhar a nova legislatura do Congresso. Os ministros têm apostado no discurso de Lula sobre manter a civilidade e encerrar os atritos entre os poderes.
Porém, os magistrados não escondem a torcida para que Rodrigo Pacheco (PSD-MG) seja reeleito presidente do Senado. Há grande preocupação que Rogério Marinho (PL-RN) saía vitorioso e coloque em pauta assuntos que interessam o bolsonarismo, como a abertura de impeachment dos ministros da Corte.
Além disso, o STF terá que analisar e julgar os inquéritos dos atos golpistas promovidos pelos bolsonaristas.
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