O cometa carrega material volátil que incendeia ao se aproximar do sol, o que gera o brilho intenso
Reprodução/Instagram/David Cruz
O cometa carrega material volátil que incendeia ao se aproximar do sol, o que gera o brilho intenso

Após 50 mil anos desde sua última visita, o cometa C/2022 E3 (ZTF), de brilho esverdeado, se aproxima da Terra novamente. Desta vez, ele poderá ser visto a olho nu do Hemisfério Sul e, consequentemente, do Brasil.

O corpo celeste terá seu perigeu (maior aproximação da Terra) nesta quarta-feira (1º) e terá mais visibilidade para os brasileiros a partir do dia 4 de fevereiro.

Na última vez que o cometa C/2022 E3 (ZTF) se aproximou, o nosso planeta ainda era habitado pelos neandertais. Ele foi descoberto em março do ano passado, pelo programa Zwicky Transient Facility (ZTF), que opera o telescópio Samuel-Oschin, na Califórnia.

Dicas para observação

O corpo celeste será visível a olho nu apenas se as condições forem favoráveis. O céu escuro (sem lua) e a ausência de poluição luminosa são fatores fundamentais para a melhor visibilidade do fenômeno astronômico.

"Para observar o cometa, o mais sensato é usar binóculos, que facilitarão a observação desse visitante ilustre. Além disso, é importante destacar que não é uma tarefa tão fácil achar um cometa no céu. Por isso, além de instrumentos (binóculos, telescópios, câmeras fotográficas), é interessante que as pessoas procurem um lugar distante dos centros urbanos, fugindo assim da poluição luminosa. Para facilitar ainda mais a observação do cometa, o indicado é procurar pelo cometa quando a lua não estiver mais no céu”, explica o astrônomo Filipe Monteiro, do Observatório Nacional.

Ele sugere, ainda, a observação do cometa no dia 10 de fevereiro, entre as 19h e as 21h, que é quando o corpo celeste estará bem próximo de Marte.

"Uma estratégia que pode ser usada também por iniciantes, bem como os fotógrafos casuais, é tentar fotografar o cometa apontando a câmera para sua localização aproximada no céu e tirando fotos de longa exposição de 20 a 30 segundos. Ao visualizar as imagens, possivelmente você irá notar um objeto difuso e com cauda. Usando essa técnica, muitos estão conseguindo fotografar o cometa mesmo que não o veja no céu ”, pontua Filipe.

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