O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , deve apresentar à Procuradoria-Geral da República ( PGR ) uma nova representação contra mais 23 pessoas que participaram dos atos golpistas que destruíram a sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro .
Os novos envolvidos foram identificados através das câmeras do circuito interno do Senado. Eles participaram das invasões e conseguiram sair sem que os policiais os prendessem.
A nova ação deve ser enviada à PGR ainda nesta semana.
Dias atrás, a Procuradoria pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de 39 pessoas apontadas como responsáveis por depredarem o Senado.
Segundo um relatório da Diretoria-Geral do Senado, o valor total dos danos que puderam ser estimados é de R$ 3,5 milhões. Com isso, além da condenação, a PGR pediu ao STF o bloqueio de bens no valor de R$ 40 milhões destinado à reparação dos danos causados durante a invasão ao prédio público.
O nome dos envolvidos nos atos não foram divulgados, mas foram incluídos no inquérito 4922, que está sob sigilo e tem como relator o ministro do STF, Alexandre de Moraes .
CPI dos atos golpistas
Alegando uma melhor apuração, Rodrigo Pacheco (PDT) já defendeu a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar os atos golpistas contra as sedes do Congresso Nacional, STF (Supremo Tribunal Federal) e Palácio do Planalto.
Na visão de Pacheco, uma CPI é “muito pertinente” e “adequada” para solucionar o episódio.
“Talvez, pela gravidade, pela magnitude que essa violação democrática, essas agressões que o estado de direito sofreu no Brasil, eu considero muito pertinente uma Comissão Parlamentar de Inquérito”, comentou o presidente do Senado no dia 10 de janeiro a jornalistas.
Apesar de afirmar que defenderá a abertura da CPI, Pacheco não garantiu que ela será aberta. O senador busca ser reeleito presidente da Casa, porém, caso não vença a disputa interna, a decisão sobre o assunto ficará para o próximo chefe do Senado.
“Estando no recesso, não havendo sessões, o pedido protocolado pela senadora Soraya Thronicke, já com as assinaturas, deverá ser liberado a partir de 1º de fevereiro por quem esteja na presidência do Senado Federal”, completou Pacheco.
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