O presidente do Senado
, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), disse nesta terça-feira (10) que defenderá a abertura de uma CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o ato terrorista feito no último domingo (8) contra as sedes do Congresso Nacional
, STF
(Supremo Tribunal Federal) e Palácio do Planalto
. O senador quer descobrir quem são os responsáveis por organizar, financiar e incentivar o vandalismo na capital federal.
Na visão de Pacheco, uma CPI é “muito pertinente” e “adequada” para solucionar o episódio. A declaração foi realizada em entrevista concedida aos jornalistas depois que o Senado aprovou o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
No domingo, milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) invadiram e depredaram o Planalto, o Congresso e o Supremo. Os terroristas destruíram móveis, obras de artes e vidraças dos prédios. As imagens chocaram milhões de brasileiros.
“Talvez, pela gravidade, pela magnitude que essa violação democrática, essas agressões que o estado de direito sofreu no Brasil, eu considero muito pertinente uma Comissão Parlamentar de Inquérito”, comentou o presidente do Senado.
Apesar de afirmar que defenderá a abertura da CPI, Pacheco não garantiu que ela será aberta. O senador busca ser reeleito presidente da Casa, porém, caso não vença a disputa interna, a decisão sobre o assunto ficará para o próximo chefe do Senado.
“Estando no recesso, não havendo sessões, o pedido protocolado pela senadora Soraya Thronicke, já com as assinaturas deverá ser liberado a partir de 1º de fevereiro por quem esteja na presidência do Senado Federal”, falou Pacheco.
Para que a CPI saía do papel, é preciso que 27 senadores assinem o documento. O requerimento da senadora Soraya já passou das 30 assinaturas. A partir do próximo mês, o Senado terá uma nova legislatura.
Terrorismo em Brasília
Na tarde de domingo, milhares de pessoas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Os prédios foram depredados e policiais acabaram sendo agredidos por terroristas. Após horas, a PM do Distrito Federal retirou os golpistas dos prédios.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a realização de intervenção federal em Brasília para evitar que novos ataques ocorressem na capital federal.
Mais de 1,2 mil pessoas foram presas por participarem dos movimentos terroristas e antidemocráticos, de acordo com o Ministério da Justiça. Os acampamentos no QG do Exército começaram a ser desmontados em vários estados após determinação do Supremo Tribunal Federal.
A Justiça iniciou uma série de investigações para saber quem financiou os movimentos terroristas em Brasília. Senadores também passaram a recolher assinaturas para abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para saber quem são os responsáveis do episódio.
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