O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se posicionou diante da crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O senador classificou a situação como "desoladora".
“A desoladora situação vista na Terra Yanomâmi, em Roraima, onde centenas de indígenas, boa parte composta por crianças, morreram nos últimos anos em razão da falta de assistência, por doenças, por desnutrição e pelo avanço do garimpo ilegal, exige a união das instituições", afirmou Pacheco.
"Registro o comprometimento do Senado para, no que couber ao Legislativo, assegurar medidas contra essa tragédia que atinge o povo Ianomâmi", completou o senador.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou emergência no território Yanomami e exonerou 11 coordenadores distritais de saúde indígena locados no Ministério da Saúde. O petista visitou a comundade localizada em Roraima no último sábado (21).
O Ministério da Saúde quer "planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas". O impacto das atividades de garimpo ilegal na região causaram a morte de 570 crianças yanomamis por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome.
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"É desumano o que eu vi aqui. Sinceramente, se o presidente que deixou a Presidência esses dias em vez de fazer tanta motociata tivesse vergonha e viesse aqui uma vez, quem sabe esse povo não tivesse tão abandonado como está", disse o chefe do Executivo Federal após visitar a região.
Os povos originários contam com mais 370 aldeias dispersas em quase 10 milhões de hectares. A Terra Indígena se estende por Roraima e o território dos Yanomami divide fronteira com a Venezuela e pelo estado do Amazonas.
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