Coronel Fábio Augusto Vieira
Reprodução: Arquivo pessoal
Coronel Fábio Augusto Vieira

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes , determinou nesta terça-feira (10), a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) , coronel Fábio Augusto. 

O coronel era o responsável pela PMDF no último domingo (8), quando ocorreram os atos terroristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília .

Fábio Augusto foi demitido do comando da corporação pelo interventor federal na segurança pública de Brasília, Ricardo Cappelli, escolhido por Lula após decretar intervenção federal no Distrito Federal. O coronel Klepter Rosa foi nomeado para assumir a PMDF.

Na noite do vandalismo contra o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF, Moraes determinou também o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) alegando falha na segurança  do estado . A vice Celina Leão (PP) assumiu o cargo de forma interina por 90 dias.

Ainda, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prisão de Anderson Torres, que era o secretário de Segurança do DF no dia dos atos golpistas. 

Moraes garante punição aos terroristas

Alexandre de Moraes disse nesta terça-feira que as instituições vão punir “todos os responsáveis” pelas ações terroristas que ocorreram na Esplanada dos Ministérios, no último domingo (8), por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Dentro da legalidade, as instituições irão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, aqueles que planejaram os atos, aqueles que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão. Porque a democracia irá prevalecer", explicou o magistrado.

O posicionamento de Moraes ocorreu durante um discurso na cerimônia de posse do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O ministro afirmou que o órgão é “competentíssimo que, ano após ano, vem ganhando o respeito da população”.

O magistrado também considerou bem-sucedida a operação que desmobilizou o acampamento bolsonarista em frente aos quartéis-generais do Exército, na última segunda (9). Na avaliação dele, a ação foi "necessária para garantir a democracia, para mostrar que não há Apaziguamento nas instituições brasileiras".

"Se o apaziguamento tivesse dado certo, não teríamos tido a Segunda Guerra Mundial. A ideia de apaziguamento é por covardia ou por interesses próprios. Temos que combater firmemente o terrorismo, as pessoas antidemocráticas, as pessoas que querem dar o golpe, que querem o regime de exceção", completou.

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