O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) votou contra a intervenção federal no Distrito Federal, decretada pelo atual chefe do Executivo, Lula da Silva (PT) , e defendeu o pai e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) .
"Não queiram criar essa narrativa mentirosa como se tivesse alguma vinculação de Bolsonaro a esses atos irresponsáveis. O presidente Bolsonaro, após o resultado das eleições, ficou em silêncio, se recolheu e está lambendo as feridas. Não é essa expressão que muitos estão usando ai? É o que eles está fazendo, praticamente incomunicável, então é importante fazer esse registro", disse o senador.
Flávio pediu ainda para participar da Comissão Parlamentar de Inquérito que acompanhará as investigações dos atos terroristas de 8 de janeiro.
"Também quero fazer parte dessa comissão que vai acompanhar as investigações. Faço questão de estar acompanhando para que não seja um momento de uso político eleitoral. O momento é grave, é muito sério, a gente não pode mais uma vez usar uma situação como essa usar como palanque", afirmou o filho do ex-mandatário.
Senado aprova intervenção
Na manhã desta terça-feira (10), o Senado aprovou a intervenção federal na segurança pública do DF , após atos de vandalismo desse domingo (8). A medida vale até 31 de janeiro deste ano.
O decreto também foi aprovado de forma simbólica na Câmara dos Deputados na noite da última segunda-feira (9). Os deputados interromperam o recesso legislativo, que acabaria em 1º de fevereiro.
Para o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes , os atos terroristas ocorridos em Brasília tiveram a consentimento do governo do Distrito Federal, já que a 'organização' do ato era conhecida das forças de segurança e do governador.
Atos golpistas no DF
Na tarde desse domingo (8), após uma invasão, os edifícios públicos da capital ficaram completamente depredados . Na ocasião, instalações foram quebradas, câmeras de segurança arrancadas e destruídas e a fiação foi exposta.
Os invasores destruíram, inclusive, parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que "representa um capítulo importante da história nacional" , conforme nota emitida pelo Palácio do Planalto.
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