Lula assinou decreto que revogou medidas que facilitavam o acesso a armas e munições
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Lula assinou decreto que revogou medidas que facilitavam o acesso a armas e munições

Após o presidente Lula da Silva (PT) assinar um decreto no dia 1 de janeiro revogando as normas que facilitavam o acesso às armas, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) , os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Luiz Carlos Heinze (PP-RJ) apresentaram projetos de decreto legislativo (PDL) para suspender o ato tomado pelo petista.

Com o decreto de Lula, a Polícia Federal irá rastrear, em dois meses, as armas em circulação no país. 

Do val, que também é relator do projeto de lei que regulamenta a posse de armas de fogo para caçadores, atiradores e colecionadores, reconhecidos pela sigla CACs, disse ao jornal O Globo que Lula está pressupondo que os portadores de armas são bolsonaristas.

"Estou desesperado por tamanha ignorância. Não é uma questão ideológica, mas são questões técnicas. Não tem tempo hábil para isso, a Polícia Federal não tem estrutura para fazer isso. O presidente (Lula) está se vingando, partindo do pressuposto que quem tem arma é bolsonarista. Ele está condenando todo o brasileiro que segue a lei a se tornar um criminoso com essa regra", disse Marcos do Val ao GLOBO.

O governo irá realizar as busca pelas armas adquiridas a partir de  7 de maio de 2019, quando o governo Bolsonaro editou os decretos flexibilizando a posse, o porte e a compra de armas. Na gestão passada, os CACs chegaram a ser autorizados a comprar até 60 armas, algumas de uso restrito, como fuzis.

Na última quarta-feira (4), o senador Luiz Carlos Heinze também protocolou um projeto para derrubar o decreto de Lula. O parlamentar disse, nas redes sociais, que a medida é uma” violação aos direitos dos cidadãos brasileiros”. "O ex-presidiário que subiu a rampa, apesar de todas as questões sensíveis sobre o processo eleitoral, resolveu acabar com o acesso às armas sem anunciar uma única ação em favor da segurança da população", afirmou Heinze.

Outro crítico da medida tomada por Lula foi o filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Nas redes sociais ele defendeu o uso de armas. 

“Quem pode parar um vagabundo armado? Um cidadão de bem armado! Ninguém compra uma arma utilizando seu RG para matar alguém! Presidente Jair Bolsonaro deu ao cidadão comum o direito de proteger sua família ou de outrem. Uma arma pode SIM salvar uma vida!”, escreveu o senador.

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