O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assume o cargo em uma cerimônia no Salão Oeste do Palácio do Planalto
José Cruz/Agência Brasil - 02/01/2023
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assume o cargo em uma cerimônia no Salão Oeste do Palácio do Planalto

O ministro da Casa Civil , Rui Costa (PT-BA), disse nesta quarta-feira (4) que chegou o momento dos bolsonaristas acampados em frente aos quartéis do Exército saírem do local. Em conversa com jornalistas antes da cerimônia de transmissão de cargo da ministra Marina Silva (Rede-SP) ao Ministério do Meio Ambiente e da Mudança Climática .

O ex-governador da Bahia foi perguntado se irá apoiar o uso das Forças Armadas ou da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e ele relatou que chegou o momento dos manifestantes deixarem os acampamentos.

“Já está na hora de sair. Já teve a hora de Jair, agora está na hora de sair”, relatou o ministro, fazendo referência a música cantada por petistas durante a campanha eleitoral.

Os acampamentos tratados como antidemocráticos pela justiça começaram a ser montados por bolsonaristas no dia 30 de outubro, logo após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) nas eleições do ano passado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apoiadores decidiram ficar na frente dos quartéis do Exército de diversas partes do Brasil para pedir intervenção militar e impedir que o petista assumisse o cargo no lugar de Bolsonaro. Os bolsonaristas também solicitaram que o Supremo Tribunal Federal fosse fechado.

Porém, os pedidos antidemocráticos não foram seguidos pelos militares e, após a posse de Lula, algumas mobilizações começaram a ser desmontadas, como a de Juiz de Fora (MG).

Bolsonaristas e o vandalismo

Um levante feito pelo portal Metrópoles  mostrou que durante as manifestações extremistas promovidas pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram depredados 15 ônibus no Distrito Federal. As ações aconteceram no dia da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice Geraldo Alckmin, no dia 12 de dezembro. 

Os apoiadores teriam começado os atos de vandalismo após tentarem invadir a sede da Polícia Federal (PF), por conta da prisão de um dos integrantes do grupo.

No levantamento, as empresas Piracicabana, Pioneira, Marechal, São José e Urbi tiveram veículos depredados, totalizando cinco ônibus queimados e dez apedrejados. Dentre elas, a Piracicabana teve o maior prejuízo, com dois ônibus incendiados e quatro com vidros quebrados. 

Segundo as informações das empresas, tais ônibus queimados podem levar até seis meses para serem repostos.

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