O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) vai se reunir com seus ministros
pela primeira vez nesta sexta-feira (4), e fará alguns pedidos. Uma das solicitações que o chefe do Executivo federal fará é que todos os seus comandados dialoguem entre si para que o governo seja unificado e siga na mesma direção. Ele também exigirá agilidade de alguns ministérios para cumprir promessas de campanha.
O petista decidiu marcar reunião ministerial no fim da semana porque permitiria que todos os ministros fossem empossados e iniciassem os trabalhos iniciais. Ele quer saber quais as primeiras impressões dos seus subordinados e depois dará instruções sobre objetivos que a sua gestão terá que alcançar a curto prazo.
Um dos maiores incômodos de Lula foi a fala de Carlos Lupi (PDT) sobre uma suposta reforma da previdência. O presidente ordenou que o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), desautorizasse o ministro da Previdência publicamente para evitar problemas com o mercado.
O chefe do Executivo federal recebeu o recado de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sobre a insatisfação do mercado. Os presidentes do Congresso pediram ao mandatário que sinalizasse boa vontade com a classe empresarial. A fala do ex-governador da Bahia foi vista com bons olhos pelos executivos.
Porém, Lula confessou para interlocutores que desautorizar Lupi logo na primeira semana de governo não pega bem. Por isso pedirá na reunião que os ministros dialoguem entre si para que todas as decisões sejam tomadas em conjunto. O presidente não quer nenhum desarranjo.
“Precisamos ter unidade de pensamento. Vivemos em uma democracia e os ministros possuem liberdade para expressar suas opiniões. Mas eles precisam sempre esclarecer o que é visão pessoal e o que é posição do governo. E todas as decisões do governo passarão pelo crivo do presidente Lula. Por isso é fundamental que os ministros conversem, troquem ideias e sugestões para não ocorrer problemas de comunicação”, explica um interlocutor de Lula.
Lula fará cobranças para ministros
Lula também pedirá para alguns ministros que sejam ágeis para colocar projetos em prática. Wellington Dias (PT-PI), Fernando Haddad (PT-SP), Geraldo Alckmin (PSB-SP), Nísia Trindade, Marina Silva (Rede) e Flávio Dino (PSB-MA) serão os mais cobrados.
O presidente entende que os seis possuem pastas fundamentais para que o governo consiga colocar em prática diversas promessas que fez ao longo da campanha. Uma delas, por exemplo, é o fim de vários sigilos decretados por Bolsonaro. Outro ponto visto como fundamental é a nova âncora fiscal para que o teto de gastos chegue ao fim.
Na área da Saúde, Lula quer que ocorra um mutirão de vacinação logo no primeiro semestre.
A primeira reunião ministerial é tratada como fundamental para que todos entendam exatamente quais os anseios a curto prazo do presidente.
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