![Sergio Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro, mas saiu em 2020 fazendo alegações de possível controle na PF Sergio Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro, mas saiu em 2020 fazendo alegações de possível controle na PF](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/bj/wi/51/bjwi51lmb3ohbi5huid9wt01b.jpg)
O ex-juiz e senador eleito pelo Paraná, Sérgio Moro (União Brasil) se pronunciou sobre à ação promovida pelo PL para a cassação do mandato. Segundo o ex-ministro da Justiça, o deputado federal Paulo Martins ( PL ), que ficou em segundo lugar nas eleições para o Senado , quer conquistar a vaga "no tapetão". O PL entregou o pedido à Justiça Eleitoral na última quarta-feira (07), e quer que seja averiguado os gastos da campanha de Moro , uma vez que acreditam existir irregularidades.
Na declaração de Moro , ele acusa Paulo Martins de alterar a declaração racial, visando receber mais verba do fundo partidário. "O mesmo sujeito, Paulo Martins , que mudou de cor nas eleições para se beneficiar do fundo partidário, tem a cara de pau de me acusar falsamente de irregularidade para ganhar o mandato de senador no tapetão. Fez o L junto com Fernando Giacobo", escreveu o ex-ministro.
Logo que a ação foi entregue, Moro fez uma declaração chamando o presidente do PL e o deputado Paulo Martins de "maus perdedores que resolveram trabalhar para o PT e para os corruptos" , acrescentando ainda que não teme a ação e que não há irregularidades.
Governo Bolsonaro
O senador fez parte do governo Bolsonaro durante cerca de um ano, pedindo a renúncia em abril de 2020 . O motivo declarado pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública era a acusação de possível interferência do presidente na Polícia Federal.
A saída foi conturbada, com Moro trocando acusações e xingamentos com o presidente. "Foi fundamental a autonomia da PF para a gente poder realizar esses trabalhos. Isso é até um demonstrativo da importância de garantir a autonomia das instituições de controle e investigação", afirmou o ex-juiz na época.
No final de 2021, Moro lançou a pré-candidatura à presidência pelo Podemos, tecendo críticas a Lula e Bolsonaro, mas desistiu no percurso até as eleições. Por fim, lançou-se ao senado federal pelo Paraná , ao qual foi eleito.
Já durante o período eleitoral, o ex-ministro fazia menções ao candidato a reeleição, dizendo terem " um inimigo em comum", se referindo ao Partido dos Trabalhadores . Logo no início do segundo turno, o apoio a Bolsonaro, selando as pazes com o candidato .