Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro

O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) anunciou nesta terça-feira, em entrevista coletiva, que irá concorrer ao Senado Federal pelo Paraná. A decisão vem à tona pouco mais de um mês após o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitar a transferência do domicílio eleitoral de Moro para São Paulo, impossibilitando sua candidatura pelo estado paulista.

"Como nos tempos de juiz, escutei muito e tomei minha decisão: sou pré-candidato ao Senado pelo Paraná, a minha terra. Precisamos de renovação e mudança. Eu acredito que, a partir do Paraná, podemos criar novas leis, fazer cumprir aquilo que é justo na legislação atual e fiscalizar o executivo com rigor", afirmou Moro, em vídeo exibido na coletiva de imprensa, em Curitiba.

Em discurso, o ex-ministro ainda disse que o país pode ter "anos difíceis" pela frente e que será preciso "lideranças que não se omitam e não sumam no cenário político".

Ainda falta definir em qual chapa o ex-ministro irá concorrer. Inicialmente, havia uma expectativa de Moro ser candidato pela chapa do governador Ratinho Júnior (PSD), favorito nas pesquisas de intenção de voto. Mas a vaga também é cobiçada pelo senador Alvaro Dias (Podemos), antigo aliado do ex-juiz da Lava-Jato, e pelo PL do presidente Jair Bolsonaro.

Recentemente, Moro abriu diálogo com o PSDB do Paraná, que tem como pré-candidato Cesar Silvestri Filho. Ex-prefeito de Guarapuava (PR), Silvestri Filho foi presidente estadual do Podemos e deixou o partido no início do ano após não conseguir apoio de seus correligionários para disputar o Palácio Iguaçu. Ele discordava da estratégia de não lançar um nome próprio no estado em troca do apoio de Ratinho Júnior a Alvaro Dias.

O tucano e Moro, que mantinham boas relações desde o Podemos, estiveram reunidos na última segunda-feira para discutir a aliança entre os dois partidos.

O assunto ainda será debatido entre os quadros regionais das legendas dos pré-candidatos, mas o principal obstáculo está no PSDB, em que o presidente estadual é o ex-governador Beto Richa, réu na Operação Lava-Jato e desafeto de Moro. Os tucanos ainda pensam em lançar outros nomes para a vaga do Senado, como o do deputado federal Rossoni.

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