O presidente Jair Bolsonaro
Isac Nóbrega/PR - 26.11.2022
O presidente Jair Bolsonaro

A campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PL) , a Coligação Brasil da Esperança, apresentou nesta quinta-feira (8) duas ações de investigação judicial eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que pede a inelegibilidade do  presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e econômico. 

A coligação entrou também com uma ação contra os filhos do atual mandatário, Flávio e Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli, Bia Kicis, e o senador eleito Magno Malta. É pedido que eles também se tornem inelegíveis.

Os dois processos foram encaminhados ao ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral. Ainda, o documento conta com 53 páginas e diz que o atual presidente “concedeu ilegais benefícios financeiros aos cidadãos brasileiros durante o período eleitoral, com o claro intuito de angariar votos e, portanto, influenciar na escolha dos eleitores brasileiros, de modo a ferir a lisura do pleito”.

Veja os principais pontos citados pelos representantes de Lula:

  • Vantagens a concursados da Polícia Federal e da Polícia Federal;

  • Antecipação dos repasses do Auxílio-Brasil e do Auxílio-Gás durante o segundo turno;

  • Antecipação de pagamento de benefício para caminhoneiros;

  • As ações do PL e da campanha de Bolsonaro alegando "fraudes" em inserções de rádio e em modelos antigos de urnas;

  • Os ataques de bolsonaristas aos institutos de pesquisa;

  • Aumento de R$ 1 bilhão dos subsídios ao programa Casa Verde e Amarela;

  • A atuação da PRF durante o segundo turno das eleições;

  • Antecipação do pagamento de benefícios para taxistas e caminhoneiros como Anúncio de Benefício Extra de Até R$ 500 no fim do ano para taxistas;

  • As declarações d que buscavam colocar em xeque o processo eleitoral.

A campanha do presidente eleito indica que “não se critica a maior parte das medidas adotadas, em sua essência, em favor dos cidadãos brasileiros” mas diz que “as irregularidades ora apontadas se dão na medida em que Jair Bolsonaro e seus apoiadores se valem da máquina pública para otimizar tais programas sociais com o claro intuito de promover campanha eleitoral em favor do candidato à reeleição, o que é vedado pela legislação brasileira”.

As ações foram assinadas pelos escritórios Aragão & Ferraro e Zanin Martins.

"O grave ataque às bases democráticas do Brasil foram cirurgicamente desenhadas ao semear-se a tese conspiracionista de que as urnas eletrônicas seriam fraudadas e, ainda que não fosse possível comprovar tal fraude, o sistema eleitoral como um todo seria fraudado pela suposta atuação parcial e não legítima do Poder Judiciário e demais autoridades em favor de Luiz Inácio Lula da Silva", afirmam os advogados.

A coligação pede também que as informações sejam incluídas nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, que está em andamento no Supremo Tribunal Federal sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!