Indicado para assumir a secretaria de Segurança Pública de São Paulo a partir de 2023 pelo governador eleitor Tarcísio de Freitas (Republicanos)
, o deputado Guilherme Muraro Derrite
, de 38 anos, já afirmou que é "vergonhoso"
um policial militar não ter ao menos "três ocorrências"
por homicídio
no currículo.
A fala do futuro secretário do republicano foi revelada em um áudio em junho de 2015 pela Ponte Jornalismo .
"Os tenentes, principalmente os oficiais, que nos últimos 5 anos se envolveram em três ocorrências ou mais que tenha o resultado evento morte do criminoso estão sendo movimentados. E o Telhada se encaixa nessa lista, até eu que estou fora da rua há dois anos me encaixo, porque o camarada trabalhar cinco anos na rua e não ter [...] três ocorrências [em casos em que suspeitos morreram a tiros disparados pelo policial], na minha opinião, é vergonhoso, né?", afirma Derrite no áudio.
Na ocasião, Derrite respondia sobre a transferência do tenente Rafael Telhado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) para o 2º Batalhão do Choque da Polícia Militar (PM), ele também criticou as ações da polícia para reduzir a letalidade durante ocorrências nas operações. Após o áudio, o ex-policial chegou a ser detido pela Corregedoria da corporação pela gravação. No entanto, o caso foi arquivado pela Justiça militar.
O ex-militar da Rota foi condenado pela Justiça a pagar R$ 20 mil de indenização por dano moral á família de um homem morto acidentalmente pela PM, em 2020, em Osasco, na Grande São Paulo. Na época, Derrite fez uma publicação em uma de suas redes sociais afirmando que a vítima iria "aproveitar" o Carnaval usando uma "fantasia do capeta". Apesar de o ex-policial tratar o homem como criminoso, a vítima era um encanador que tinha ido comprar leite em um mercado e foi atingido na cabeça por um disparo de um policial militar que perseguia um suspeito
Nas eleições de 2022, Derrite, que tem uma forte ligação com o atual mandatário do país, Jair Bolsonaro (PL), participou ativamente da campanha de reeleição do mandatário. Formado em direito e oficial da reserva da PM, o ex-militar chegou a acompanhar o chefe do Executivo em diversas agendas pelo país.
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