O atual governador de São Paulo
, Rodrigo Garcia
(PSDB), declarou que não apoiar o PT no segundo turno para a presidência da República e também ao governo de São Paulo foi “coerente” com sua trajetória política. Em entrevista dada na última segunda-feira (280 ao programa Roda Viva
, da TV Cultura
, ele relatou que não se arrependeu da sua escolha.
“Comecei minha carreira na política muito jovem ao lado de Mario Covas [ex-governador paulista, também do PSDB] e derrotando o PT sucessivamente em eleições em São Paulo e nas disputas nacionais. Incoerente seria se eu apoiasse o PT através do presidente [eleito] Lula”, comentou.
Nomes históricos do PSDB resolveram ficar ao lado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Questionado se estava arrependido de ter ido contra boa parte dos tucanos, Garcia falou que apenas manteve a sua “coerência” e que não se arrependeu da decisão.
Na avaliação do governador, ficou “muito claro” que, dentro das propostas apresentadas no segundo turno, as melhores eram de Bolsonaro, para presidente, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), para o governo de São Paulo. “Esse sentimento não mudou depois das eleições”, acrescentou.
“Eu poderia ser oportunista dizendo que me arrependo. Pelo contrário, eu faria de novo esse apoio a candidatura de Bolsonaro, porque ele claramente fez uma política econômica com avanços nesses últimos anos que eu defendo”, completou.
Rodrigo Garcia e suas escolhas
Garcia foi eleito vice-governador de São Paulo em 2018, fazendo parte da chapa liderada por João Doria. Ele se tornou governador em abril de 2022, quando Doria renunciou para lançar sua pré-candidatura à Presidência da República.
Porém, o ex-governador desistiu da disputa para presidente e Garcia resolveu ficar neutro na corrida presidencial. Ao longo da campanha, Rodrigo se apresentou como uma alternativa fora da polarização entre petistas e bolsonaristas.
Porém, mesmo com a máquina na mão, ele ficou em terceiro lugar. No segundo turno, ele decidiu apoiar publicamente Tarcísio, na disputa pelo governo paulista, e Bolsonaro, na briga pela cadeira do poder executivo federal.
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