Ex-secretária Nacional de Atenção à Primeira Infância, Luciana Siqueira Lira de Miranda
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 27/07/2021
Ex-secretária Nacional de Atenção à Primeira Infância, Luciana Siqueira Lira de Miranda

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira , exonerou a Secretária Nacional de Atenção à Primeira Infância, Luciana Siqueira Lira de Miranda. Ela foi acusada de assédio moral contra os funcionários da pasta após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições .

Além de Luciana, na publicação no  Diário Oficial da União (DOU) também consta uma exoneração a pedido do assessor especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Cidadania, Rafael Rodrigues dos Santos. O anúncio do desligamento foi feito hoje no DOU, mas a demissão é referente a 17 de novembro. 

A agora ex-secretária atuava no cargo desde julho de 2020. Funcionários que trabalhavam com ela na Secretaria Especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania relataram que, após a derrota do atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL) , nas urnas, ela enviou mensagens dizendo que quem votou em Lula contribuiu para que o trabalho deles "desça pelo ralo".

No dia seguinte, ela teria convocado uma reunião e, de acordo com a denúncia que a GloboNews teve acesso, disse que sabia "exatamente quem não votou no presidente" e que essas pessoas "pagarão pela Justiça divina".

Conforme os servidores, a então secretária ainda "reclamou da falta de lealdade de alguns da equipe, equiparou à traição de Judas e disse que quem vota em quem rouba não está com Deus". Também afirmou que "vai infernizar todos os dias da próxima gestão e que o inferno não vai vencer o céu".

Os funcionários registraram a denúncia contra Luciana na Ouvidoria do Ministério da Cidadania, ao Ministério Público Federal (MPF) e à Controladoria-Geral da União (CGU).

Eleições 2022

O segundo turno  das   eleições  ocorreu no dia 30 de outubro. Depois de 20 anos de sua primeira vitória, Lula  venceu novamente o pleito e governará o Brasil pela terceira vez . Ele derrotou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), e assumirá o Planalto a partir de janeiro de 2022.

De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o petista obteve 50,90% (60.345.999) dos votos, enquanto o atual mandatário, teve 49,10% (58.206.354).

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