Gleisi Hoffman, presidente do PT
Divulgação Partido dos Trabalhadores
Gleisi Hoffman, presidente do PT

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai iniciar nesta semana a montagem dos seus ministérios . Lideranças petistas estão preocupadas com a possibilidade de não terem espaço em ministérios importantes, como Saúde, Educação, Economia e Desenvolvimento Social.

Segundo apurou o Portal iG, a Economia é tratada como prioridade por todos os grupos que fazem parte da base governista. O presidente eleito não deu nenhuma pista sobre qual nome irá escolher para ficar à frente do setor. A única pista é que ele deseja alguém com perfil político.

O PT indicou Fernando Haddad e Alexandre Padilha para cuidar da área, mas os dois possuem alta rejeição do mercado financeiro. O ex-prefeito de São Paulo também não é visto com bons olhos pela classe política. Ele é tratado como “muito paulistano”, ou seja, é menos flexível que outros profissionais.

O PSD, MDB e União Brasil aconselharam Lula a escolher um economista mais próximo do Centro. O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) segue a mesma linha, tanto que indicou Persio Arida para o ministério. A maior preocupação do ex-tucano é com o mercado financeiro. “O ex-governador quer ter uma boa relação com a Faria Lima”, diz um deputado federal eleito que vai apoiar o novo governo.

A PEC da Transição e aliados pressionam o presidente eleito para revelar o profissional que cuidará da pasta. A intenção é dar um ponto final nas incertezas apresentadas pelo mercado financeiro.

Saúde e Educação

A pandemia da Covid-19 atrasou diversos procedimentos na área da Saúde. Lula já sinalizou que dará destaque para o setor, promovendo mutirões pelo país para atender a população e zerar as filas de espera.

O petista também prometeu iniciar uma campanha de vacinação no primeiro trimestre do ano que vem. O entendimento é que o futuro ministro da Saúde ganhará protagonismo e, caso tenha interesse político, poderá se colocar como uma força para as eleições de 2026, seja para o Executivo quanto Legislativo.

A Educação é outra pasta que será tratada com prioridade e a ideia é dar novamente protagonismo aos projetos sociais criados ou reformulados pelo PT. Desta forma, quem mandar no setor se colocará como um importante nome da política brasileira, como Haddad fez entre 2004 e 2012. Ao sair do ministério, ele conseguiu ser eleito prefeito de São Paulo.

Lula tem conversado com aliados e sinalizou que indicará um nome técnico para a área da Saúde. Já na Educação, Izolda Cela (PDT) é a favorita, mas Camilo Santana (PT) e o próprio Haddad são vistos como possíveis ministros.

Desenvolvimento Social

A pasta terá a responsabilidade de cuidar do Bolsa Família. O MDB solicitou que o ministério fique nas mãos de Simone Tebet. Lula gostou da ideia e prometeu avaliará para ficar responsável pela área.

Só que lideranças do PT dizem que ela se tornará um nome forte para 2026, pois ficará muito próxima das classes mais baixas. O partido deseja que o ministério fique nas mãos de alguém do partido ou do PSB.

Lula não tem dito quais nomes colocará nos ministérios,  mas avisou que, até o fim da primeira quinzena de dezembro, todos seus aliados saberão quem serão seus futuros ministros.

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