Presidente da Câmara dos Deputados defendeu o diálogo e a pacificação do país
Reprodução/TV Câmara 30.10.2022
Presidente da Câmara dos Deputados defendeu o diálogo e a pacificação do país

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se encontrar com Arthur Lira (PP) nesta quarta-feira (9). O petista quer sentir o clima com o presidente da Câmara para decidir se trabalhará para derrubá-lo da chefia da Casa. O futuro governante do Brasil não quer se precipitar, no entanto, não demonstra muita vontade para manter uma aliança com o aliado de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo apurou o Portal iG, aliados de Lula não querem que o PT dê espaço para Lira.  A defesa é que o próximo governo apoie outro nome para a Presidência da Câmara e trabalhe nos bastidores para derrubar o atual mandatário da Casa. O objetivo é dar uma resposta ao bolsonarismo.

O principal incentivador para que não haja uma aliança neste momento com Lira é Renan Calheiros (MDB). O emedebista entende que seria um “prêmio” para seu adversário seguir comandando a Câmara sem nenhuma resistência de Lula e seus companheiros.

PSOL, PCdoB e uma grande ala do PT, PSB e Rede possuem o mesmo pensamento. Na avaliação do grupo, Arthur Lira foi sócio de Bolsonaro nos últimos dois anos, principalmente nos problemas que o país enfrentou durante a pandemia em 2021.

Por conta disso, Lula irá se reunir com Lira para o conhecer melhor e entender quais são os objetivos do presidente da Câmara. Um dos assuntos que será colocado em pauta é o Orçamento Secreto. O presidente eleito quer dar um fim no mecanismo, enquanto o chefe da Casa tem trabalhado para manter a emenda de relator em suas mãos.

Lula não sabe se vai para briga contra Lira

Lula tem dito para interlocutores que não sabe se deve enfrentar Lira. Ele sente que tem força para fazer um novo presidente da Câmara, mas que a disputa será acirrada e qualquer um dos lados pode sair vitorioso. Uma derrota, na opinião dele, poderia ser catastrófica para o seu governo.

Por outro lado, ele também entende que Lira pode não compor com a sua base e defender os interesses do bolsonarismo. O petista irá conversar com o presidente da Câmara e levará a discussão sobre o tema para os seus aliados. A ideia é que o grupo decida qual caminho seguirá.

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