A 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, decretou nesta segunda-feira (7), a prisão preventiva do ex-vereador Gabriel Monteiro . O político passa por um processo em que é acusado de estupro .
O abuso teria ocorrido no dia 15 de julho. Uma mulher disse que, após conhecer Gabriel na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi levada para a casa de um amigo de Monteiro, no Joá, na Zona Sul e foi estuprada.
Segundo a vítima, ele agiu com violência, passando uma arma no seu rosto, empurrando-a na cama, dando tapas na cara e segurando os braços da mulher.
Ainda, o juiz Rudi Baldi Loewenkron, determinou também que sejam aprendidos celulares e armas de fogo do acusado. O processo corre em segredo de justiça e foi informado pelo blog do Alcelmo Gois , do jornal O Globo .
Gabriel Monteiro teve o mandato cassado em agosto deste ano pela Câmara de Vereadores . Ele é acusado de quebra de decoro parlamentar, após acusações de abuso sexual e moral, estupro e exposição de pessoas em situação de vulnerabilidade na internet.
Entre os 50 vereadores, 48 votaram pela perda do mandato de Gabriel Monteiro, que era uma das apostas do PL como puxador de legenda. O partido é o mesmo do presidente Jair Bolsonaro e do governador do Rio, Cláudio Castro. Minutos após ser cassado, o ex-PM publicou em suas redes sociais que "Deus lhe deu e tirou seu mandato".
Durante sessão de votação para cassação do mandato, Monteiro se desculpou com os outros parlamentares e negou ter cometido estupro e assédio.
"Venho aqui de cabeça baixa pedir desculpas aos vereadores que se sentiram ofendidos. Não fiz por mal. Não tô falando de estupro, assédio. Isso eu quero deixar claro que não cometi, mas eu sei que eu sou uma pessoa disposta para aprender. Tirar o meu mandato, senhores, é decretar para minha honra, moral, a minha morte!, disse Gabriel.
No mesmo mês, o ex-parlamentar tentou concorrer ao cargo de deputado federal nestas eleições de 2022 , mas o pedido foi indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ)
Os desembargadores do TRE-RJ aprovaram a decisão por seis votos a um. Também foi concedida a tutela antecipada para o pedido do Ministério Público Eleitoral para o então pré-candidato devolver as doações que recebeu para a campanha.
O relator Luiz Paulo Araújo argumentou que a cassação aprovada pela Câmara dos Vereadores do Rio deixa Monteiro inelegível durante um período de oito anos.
Em outubro, a defesa de Gabriel apresentou uma petição para tentar retomar mandato na Câmara. Segundo o Tribunal de Justiça, a 1ª Vara de Fazenda Pública da Comarca do Rio de Janeiro, analisa o pedido.
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