Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, falando com jornalistas
Rovena Rosa/Agência Brasil - 08/10/2018
Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, falando com jornalistas

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann , pediu que as legendas que apoiaram a campanha do  presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições 2022 indiquem nomes para integrar a campanha de transição do governo .

A declaração foi dada na primeira reunião entre as siglas de forma virtual nessa terça-feira (1º) a noite.

Os indicados dos partidos deverão formar a coordenação da transição por temas. Assim que os grupos em áreas temáticas forem divididos, as siglas serão chamadas novamente a indicar quadros políticos e técnicos para cada área para integrar os grupos, como meio ambiente e saúde. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), será o coordenador-geral da transição.

A escolha se deu na manhã de ontem, em uma reunião com Gleisi Hoffmann , Aloizio Mercadante ( PT ) e outros membros do partido em um hotel na cidade de São Paulo.

O ex-governador de São Paulo terá que coordenar uma equipe com 50 pessoas . A escolha dos profissionais passará por questões técnicas e políticas. Eles serão responsáveis por conversar com integrantes da gestão do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições  no último domingo (30) .

Na fala, Gleisi fez questão de destacar que assumir a coordenação de determinada área na transição do governo não significa o posto de ministro. As indicações dos partidos só serão definidas, no entanto, quando Lula retornar do interior da Bahia, onde foi tirar uns dias de descanso.

A deputada também pediu que as legendas foquem em viabilizar o orçamento para 2023, ressaltando o Auxílio Brasil e o aumento do salário mínimo . De acordo com ela, o orçamento do próximo ano precisa estar adaptado às prioridades do governo do presidente eleito.

Segundo informações do jornal O Globo , os participantes da reunião disseram que Gleisi se mostrava "tranquila" em relação à transição. A avaliação é que  Jair Bolsonaro  e seus aliados estejam isolados no governo, já que grande parte dos integrantes querem colaborar com o processo.

"Não é transição típica como as que ocorreram até agora, não tem uma receptividade por parte do presidente, mas acredito que nos ministérios, no corpo técnico de servidores e até mesmo com Ciro Nogueira (ministro da Casa Civil) não deverá haver tanta dificuldade", disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira .

A reunião que aconteceu ontem contou com a presença dos onze partidos mais representantes do MDB. Além de Caio Siqueira, também participaram o presidente do PDT, Carlos Lupi, do Solidariedade, Paulinho da Força e do PV, José Luiz Penna.

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