O presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou o STF (Superior Tribunal Federal) nesta terça-feira (1). A visita ocorreu após ele realizar o primeiro pronunciamento após a derrota pra Luiz Inácio Luma da Silva nas eleições.
Participaram da reunião Rosa Weber, presidente do STF, e os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Kássio Nunes Marques e André Mendonça. Paulo Guedes, ministro da Economia, também esteve presente.
De acordo com uma nota divulgada pelo STF logo após o encontro, os ministros da Corte consignaram a importância do pronunciamento feito pelo chefe do Executivo do Brasil.
"Os Ministros do STF reiteraram o teor da nota oficial divulgada, que consignou a importância do reconhecimento pelo Presidente da República do resultado final das eleições, com a determinação do início do processo de transição, bem como enfatizou a garantia do direito de ir e vir, em razão dos bloqueios nas rodovias brasileiras", disse o comunicado .
"Tratou-se de uma visita institucional, em ambiente cordial e respeitoso, em que foi destacada por todos a importância da paz e da harmonia para o bem do Brasil", completa.
O ministro Edson Fachin afirmou, em rápida entrevista após o encontro, que Bolsonaro disse que "acabou", em referência ao resultado do pleito eleitoral finalizado domingo.
"O presidente da República utilizou o verbo acabar no passado, ele disse acabou. Portanto, olhar para a frente", ressaltou.
Pronunciamento de Bolsonaro
Jair Bolsonaro discursou pela primeira vez desde o anúncio da vitória do de Lula no segundo turno das eleições. Ao todo, ele ficou 44 horas em silêncio. A avaliação de integrantes do Judiciário e de aliados de Bolsonaro é que a conduta dele tenha insuflado os bloqueios antidemocráticos nas estradas.
Bolsonaro deu início à fala agradecendo aos mais de 58 milhões de brasileiros que votaram nele e afirmou que os bloqueios nas estradas são "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral".
Depois, mudou o tom e disse que "manifestações pacíficas são bem-vindas", mas que "o direito de ir e vir" deve ser preservado, ao contrário do que, segundo ele, prega a esquerda.
Ao final, o candidato derrotado garantiu que seguirá cumprindo "todos os mandamentos da Constituição", o que sugere que ele não contestará o resultado das eleições.
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