Ato de Tarcísio foi interrompido no dia 17 de outubro por conta de um tiroteio
Reprodução TV Globo 17/10/22
Ato de Tarcísio foi interrompido no dia 17 de outubro por conta de um tiroteio


Tarcísio de Freitas, candidato do Republicanos ao cargo de governador de São Paulo , afirmou, nesta terça-feira (25), que um "momento de tensão" pode ter sido o motivo para um membro da sua campanha ter solicitado para um cinegrafista a exclusão de um vídeo do tiroteio em Paraisópolis

De acordo com uma matéria divulgada pela Folha de São Paulo, um áudio mostrou que  um integrante da campanha do candidato mandou um funcionário da Jovem Pan excluir as imagens.

O candidato apoiado por Jair Bolsoanaro (PL) ressaltou que o membro do seu grupo pode ter pensado em preservar a identidade dos seguranças da sua campanha.

"Talvez a pessoa que tenha pedido para apagar teve esse cuidado. É muito ruim revelar a identidade de pessoas que acabam de se envolver com criminosos", disse, após a realização de um ato na cidade de Osasco (SP).


Tarcísio também afirmou que a imprensa está utilizando uma abordagem "sensacionalista" sobre o tema, dado que ele não busca mais tratar do assunto.

Em nota divulgada após a divulgação do áudio, a campanha do candidato ao governo paulista afirmou que nunca houve um impedimento da divulgação dos fatos relacionados aos incidentes do dia 17 de outubro.

"Ao chegar na base, um integrante da equipe perguntou ao cinegrafista da Jovem Pan se ele havia filmado aqueles que estavam no local e se seria possível não enviar essa parte do vídeo para não expor as pessoas que estavam lá. Durante a agenda, diversos representantes da imprensa que estavam presentes fizeram imagens da situação ocorrida e colocaram no ar. Nunca houve nenhum impedimento por parte da campanha em relação a isso. Qualquer afirmação que questione isso é uma mentira", diz o comunicado.

Nas suas redes sociais, Tarcísio afirmou que pessoas estão tentando transformar o incidente em uma "narrativa mentirosa.

"Transformar um episódio de violência em uma narrativa mentirosa é algo que extrapola qualquer limite. É injustificável. Chega de Fake News", escreveu o ex-ministro.

Relembre o caso

No dia 17 de outubro, a visita do candidato ao Polo Universitário de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista foi interrompida após um tiroteio na comunidade.

Segundo os policiais militares da região, os tiros não tinham o candidato como alvo. De acordo com a Segurança Pública de São Paulo (SSP), a equipe de segurança do candidato havia solicitado apoio à PM para a realização do evento.

O setor de inteligência da corporação atuantes em Paraisópolis declarou que a hipótese mais provável de motivação do tiroteio é de que houve um aumento de policiais no local nesta manhã e os criminosos perceberam a presença de mais agentes na comunidade, começando uma troca de tiros.

Horas depois, o ex-ministro disse, em coletiva de imprensa,  ter sofrido "intimidação"do "crime organizado" da região.

"Na minha opinião, foi um ato de intimidação. Foi um recado claro do crime organizado dizendo o seguinte 'vocês não são bem-vindos aqui, a gente não quer vocês aqui'. Para mim, é uma questão territorial, não tem nada a ver com uma questão política ou eleitoral, mas uma questão territorial, que acontece em favelas e comunidades do estado de São Paulo", afirmou à imprensa.

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