Na propaganda eleitoral veiculada na note desta segunda-feira (17), a campanha de Jair Bolsonaro (PL) citou o tiroteio que aocnteceu em Paraisópolis e interrompeu uma visita de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à região.
Logo no início da propaganda, foi dito que a equipe do candidato ao governo de São Paulo foi alvo de "criminosos" na comunidade localizada na Zona Sul paulista.
"O candidato a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas e sua equipe foram atacados por criminosos em Paraisópolis", disse o locutor.
Também foi mencionado no horário eleitoral o caso onde um homem que foi preso após atirar contra a fachada de uma igreja evangélica onde a primeira-dama Michelle Bolsonaro participaria de um evento. O incidente ocorreu no dia 14 de outubro, em Fortaleza (CE).
Tarcísio fala em "intimidação"
Em declaração após a agenda em Paraisópolis (SP) ter sido interrompida pelo tiroteio , Tarcísio disse ter sofrido "intimidação" do "crime organizado" da região . De acordo com ele, no entanto, foi uma "questão territorial", sem qualquer relação com política ou com as eleições .
"Na minha opinião, foi um ato de intimidação. Foi um recado claro do crime organizado dizendo o seguinte 'vocês não são bem-vindos aqui, a gente não quer vocês aqui'. Para mim, é uma questão territorial, não tem nada a ver com uma questão política ou eleitoral, mas uma questão territorial, que acontece em favelas e comunidades do estado de São Paulo ", afirmou à imprensa na tarde de hoje.
Na ocasião, Tarcísio também disse que nunca afirmou que o episódio se tratou de um atentado contra ele, mas que esse tipo de situação não é comum naquela região.
"Em nenhum momento eu disse que era atentado, primeira coisa. Segunda coisa, esse tipo de troca de tiro ali não é comum, e aí vamos lembrar que o crime organizado aqui em São Paulo é hegemônico em determinadas regiões, então não é comum você ter troca de tiro", disse.
Comunicado de união de moradores
A União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMPC) informou, na tarde desta segunda-feira (17), que não tinha conhecimento de nenhuma agenda de candidatos ao governo de São Paulo na favela no dia de hoje.
De acordo com Gilson Rodrrigues, líder da UMPC, a entidade também não convidou nenhum candidato a visitar o complexo de favelas localizado na Zona Sul paulista.
"Ficamos sabendo do ocorrido em Paraisópolis e lamentamos tudo o que aconteceu. É importante esclarecer de que nós não tínhamos conhecimento de qualquer agenda de candidatos em Paraisópolis hoje, e que também não fizemos convites a nenhum candidato nesse período", disse Gilson em vídeo divulgado nas suas redes sociais.
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