O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (17), durante evento com religiosos católicos em São Paulo, que o clima político que antecede as eleições deste ano é "pior" do que no período anterior ao golpe militar de 1964 .
O petista declarou também que a extrema-direita é uma ameaça ao Brasil e que pretende conscientizar a população sobre os riscos do bolsonarismo.
"Estamos vendo uma direita raivosa ganhar espaço. Pessoas que não conhecem a palavra respeito e democracia. Hoje todo mundo está sendo mais ameaçado. E não é só no Brasil. É na Itália, Hungria e outros países. É a e extrema-direita com a cabeça fascista. E a família do presidente (Bolsonaro) representa essa direita internacional. Temos que conscientizar a sociedade para que ela não crie com o bolsonarismo uma política definitiva no país, que é o que a extrema-direita está tentando fazer em outros países", disse Lula.
Durante o evento, o vice na chapa do petista, Geraldo Alckmin (PSB) defendeu uma "pátria amada" e não "armada". Logo depois, Lula recebeu uma bênção do frei Davi em São Paulo. Com a imagem de Nossa Senhora Aparecida nas mãos, o frei pediu que a santa "abra os caminhos" e proteja o petista e o ex-governador de São Paulo.
O religioso também aproveitou para declarar que irá votar no candidato Fernando Haddad (PT) na eleição ao governo de São Paulo contra o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) .
"Haddad e sua vice Lúcia (França) vão enfrentar um candidato laranja e que está atolado no orçamento secreto", disse o frei Davi.
O ex-presidente recebeu o apoio de aproximadamente 200 religiosos católicos, entre padres, freiras, frades e outros, durante o evento que contou com discursos e cânticos de louvor.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula terminou o primeiro turno com 48,43% dos votos (57.259.504 votos), enquanto Bolsonaro marcou 43,20% (51.072.345 votos). O vencedor da disputa, marcada para o próximo dia 30 de outubro, irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026, assumindo o governo em janeiro de 2023.
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