O presidente Jair Bolsonaro
(PL) quer usar a imagem de Sergio Moro
(União Brasil) para colar a imagem de corrupção no candidato à Presidência Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). A equipe do chefe do executivo federal estuda levar o ex-juiz em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para discursar contra o Partido dos Trabalhadores e explicar o trabalho da Lava Jato.
Após a terceira via não ter conseguido se viabilizar, Moro retornou para o bolsonarismo e colou sua imagem a Bolsonaro. Durante sua campanha para Senador no Paraná, o ex-ministro acusou Álvaro Dias (Podemos), seu ex-aliado, de ter ligações com partidos de esquerda.
Além disso, o ex-juiz usou imagens do presidente para atacar Lula. Todo o seu esforço obteve resultado e ele conseguiu vencer as eleições 2022 para o Senado. Só que a reaproximação com governante não parou por aí.
Após a confirmação de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Moro rapidamente avisou que estará ao lado do atual mandatário do país. Nesta terça-feira (4), ele ligou para o chefe do executivo federal e os dois se reconciliaram.
"Olha só, todos nós evoluímos. Eu mesmo errei no passado em alguns pontos e a gente evolui para o bem do nosso Brasil. Eu não posso querer impor a minha agenda pessoal. O Cláudio Castro [governador reeleito do Rio] mesmo já interferiu em algum momento conversando como devia me reposicionar em algum momento. Então erramos, pedimos desculpas. Não temos compromisso com erro e nós vamos evoluir", comentou Bolsonaro.
"Tá superado tudo. E daqui pra frente é um novo relacionamento. Ele pensa, obviamente, no Brasil e quer fazer um bom trabalho para o seu país e para o seu estado. Então passado é do passado, não tem contas a ajustar. Nós temos é que, cada vez mais, nos entendermos pra melhor servimos a nossa pátria. Ele mesmo, quando chegou aqui, como ministro não tinha nenhuma experiência política", completou o presidente.
Bolsonaro afirmou que conversou com Sergio Moro por telefone e declaro que o ex-juiz “será um grande senador”. Ele falou também que agora terá “um novo relacionamento” com o antigo ministro.
"Ele [Moro] mesmo, quando chegou aqui como ministro, não tinha nenhuma experiência política. Talvez isso tenha contribuído para alguns deslizes. Hoje em dia, o passado faz parte do passado. Não tenho nada desabonador para criticar o Sérgio Moro ou o Dallagnol, muito pelo contrário", completou.
Bolsonaro e Moro em viagens
Bolsonaro traçou como principal estratégia fazer uma forte campanha no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Ele tentará colar em Lula a imagem de um ex-presidente corrupto e o apoio de Moro será tratado como fundamental para que o discurso ganhe força.
O governante convidará o ex-juiz para viajar com ele e subir ao seu palanque durante o segundo turno. Segundo aliados, a tendência que Moro aceite.
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