Presidente do PSDB, Bruno Araújo
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Presidente do PSDB, Bruno Araújo

Nesta terça-feira (4), a direção nacional do PSDB comunicou que os diretórios estaduais estão autorizados a escolherem qualquer candidato à Presidência da República neste segundo turno . A decisão tem como principal estratégia não irritar o grupo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ala do ex-presidente Lula (PT).

“A Executiva Nacional do PSDB, na tarde desta terça feira, decidiu liberar os diretórios estaduais e filiados no 2° turno das eleições presidenciais”, diz o comunicado publicado pela sigla em seu perfil do Twitter.

A decisão do PSDB já era prevista.  Com as candidaturas de Marília Arraes (Solidariedade), em Pernambuco, e João Azevedo (PSB), dificilmente Raquel Lyra (PSDB) e Pedro Cunha Lima (PSDB) estariam ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ambos devem ficar neutros na corrida presidencial.

Já o cenário é completamente diferente em outros dois estados que o partido tenta vencer: Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Eduardo Riedel (PSDB) tenta vencer o Capitão Contar (PRTB), aliado de Bolsonaro, e conta com o apoio da petista Giselle Marques para receber os votos dos seus eleitores.

No Rio Grande do Sul, o resultado final do primeiro turno surpreendeu. Nas pesquisas, Eduardo Leite aparecia em primeiro lugar, enquanto Onyx Lorenzoni (PL) ocupava a segunda colocação. Edegar Pretto (PT), que estava em terceiro, apresentava números com poucas chances de chegar ao segundo turno.

Porém, quando as urnas foram abertas, Onyx ocupou a primeira colocação com 37,50% dos votos válidos. Leite passou para o segundo turno com 26,81% contra 26,77% de Pretto, vencendo por cerca de 2,5 mil votos. Para superar Lorenzoni, Eduardo espera ter ao seu lado Edegar e a militância petista.

PSDB e o Rodrigo Garcia

A neutralidade do PSDB também tem influência com a decisão de Rodrigo Garcia. O governador de São Paulo declarou apoio para Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ao presidente Jair Bolsonaro.

O chefe do executivo paulista foi acusado de tomar a decisão sem escutar o diretório estadual. Alexandre Frota, que declarou apoio para Garcia no primeiro turno, pediu a desfiliação da sigla após a associação do governador com o atual chefe do executivo federal.

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