Miguel Reale Júnior
Reprodução
Miguel Reale Júnior

O ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior , um dos autores do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015, comunicou que está apoiando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno. Ele explicou que não acredita mais na possibilidade das eleições 2022 serem vencidas por algum candidato da terceira via.

Em texto enviado ao portal Estadão, Reale criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e manifestou a necessidade do petista vencer no primeiro turno, impedindo que o atual chefe do executivo federal tome ações antidemocráticas para se manter no poder.

“Sem perspectiva de vitória da terceira via, é importante que Lula vença no primeiro turno, para se impedir ação desesperada de Bolsonaro. Decidir por Lula é consequência de saber que assim se evitará ataques à democracia, à dignidade da pessoa humana e ao meio ambiente, que, com certeza, sucederão com maior intensidade em novo mandato de Bolsonaro”, falou o jurista.

A manifestação de Miguel segue os posicionamentos de José Gregori, ex-ministro dos Direitos Humanos e da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, do ex- chanceler Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e do diretor-geral da Fundação FHC, Sergio Fausto, que também disseram que votarão em Lula no primeiro turno

A campanha do ex-presidente tem trabalhado para conquistar o voto útil  e vencer a eleição no dia 2 de outubro. Por conta disso, os petistas estão formando alianças com nomes de centro e centro-direita para conquistar eleitores que hoje demonstram preferências por Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).

Quem é Miguel Reale Júnior?

Nascido em 1944, na cidade de São Paulo, Reale é jurista, professor, político e advogado. Ele ocupou seu primeiro cargo público em 1983, quando aceitou o convite de Franco Montoro, então governador do estado paulista, para cuidar da Secretaria de Segurança Pública. Ele saiu do cargo no ano seguinte.

Em abril de 2002, Miguel foi convidado por Fernando Henrique Cardoso para ser ministro da Justiça. Ele aceitou o convite e ficou na função até julho daquele mesmo ano.

Em 2015, ao lado de Hélio Bicudo e Janaina Paschoal, o jurista protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment contra Dilma. A ação foi acatada pelos parlamentares e a ex-presidente deixou o cargo, sendo substituída por Michel Temer (MDB).

No ano passado, Reale Júnior protocolou um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o requerimento não teve prosseguimento no Congresso.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!